A visitação do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros passará a ser gerida por um consórcio de empresas. Assim, a partir do segundo semestre de 2019, o visitante terá de pagar entre R$ 3 e R$ 33 para passear na maior unidade de conservação de Cerrado no mundo.
O contrato de prestação de serviços foi assinado na terça-feira (18) pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), atual responsável pelo parque, e pelo consórcio entre as empresas Parquetur Participações S.A e Socicam Terminais Rodoviários e Representações, que venceu a licitação. A concessão será por um período de 20 anos.
A empresa ficará responsável pelo controle de acesso ao parque, recepção de visitantes, venda de ingressos, alimentação, loja de conveniência, espaço de camping e transporte interno. De acordo com o Ministério do Turismo, o consórcio deve investir R$ 14 milhões na infraestrutura do parque, como na adequação das vias de acesso internas e das trilhas.
Leia mais:Apesar de a iniciativa privada assumir os serviços de turismo, o ICMBio segue responsável pelo restante do trabalho no parque.
“Especialmente nas ações de proteção, prevenção e combate a incêndios, no monitoramento da biodiversidade e apoio à pesquisa, mas também fazendo a fiscalização e monitoramento da empresa concessionária de serviços de apoio à visitação”, afirma o diretor do parque, Fernando Tatagiba.
Importância do parque
O parque tem 240 mil hectares e é apenas uma parte da região da Chapada dos Veadeiros. A unidade abrange Alto Paraíso de Goiás, Cavalcante, Nova Roma, Teresina de Goiás e São João D’Aliança.
A Chapada dos Veadeiros é considerada Patrimônio Mundial pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura. Estão em regiões próximas ou dentro da Chapada dos Veadeiros três aquíferos: o Guarani, o Urucuia e o Bambuí.
O Cerrado é um dos ambientes mais antigos do planeta, com mais de 2 bilhões de anos. É o bioma de maior formação vegetal da América do Sul, perdendo apenas para a Amazônia. No Cerrado estão 62% das cavernas brasileiras (cerca de 4 mil), que ajudam a água da chuva a ir para o lençol freático, além de ser o berço de uma das maiores biodiversidades do mundo.
(Fonte:G1)