Desde a semana passada, a Polícia Federal (PF) procura o italiano Cesare Battisti, de 64 anos, que tem mandado de prisão expedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Condenado na Itália à prisão perpétua por quatro homicídios cometidos nos anos 1970, quando integrava o grupo Proletariados Armados pelo Comunismo, ele está desaparecido desde que o ministro Luiz Fux do STF, expediu a ordem.
O mandado de prisão foi expedido no dia 13, em seguida o presidente Michel Temer assinou a extradição de Battisti com apoio do presidente eleito, Jair Bolsonaro, e do futuro ministro da Justiça, Sergio Moro.
A Polícia Federal fez buscas em São Paulo, na região onde Battisti vivia, na cidade de Cananeia, no litoral do estado, sem sucesso. As investigações continuam. A preocupação é que ele tenha mudado de aparência, daí a divulgação de 20 imagens distintas sobre como ele poderia estar.
Leia mais:Battisti é considerado foragido pela PF. Informações podem ser fornecidas pelo telefone (61) 2024-9180 ou pelo e-mail plantao.dat@dpf.gov.br. A polícia informou que o anonimato será resguardado.
A defesa de Battisti recorreu ao Supremo para impedir a prisão.
Extradição
Há quatro dias o presidente Michel Temer assinou a extradição de Battisti, condenado à prisão perpétua na Itália.
O italiano chegou em 2004 ao Brasil, onde foi preso três anos depois. Battisti foi solto da Penitenciária da Papuda, em Brasília, em 9 de junho 2011, e voltou a ser preso em outubro do ano passado na cidade de Corumbá, em Mato Grosso do Sul, perto da fronteira do Brasil com a Bolívia.
Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), na ocasião, Battisti tentou sair do país ilegalmente com cerca de R$ 25 mil em moeda estrangeira. Após a prisão, Battisti teve a detenção substituída por medidas cautelares.
O presidente da Itália, Sergio Mattarella, enviou carta a Temer agradecendo a decisão. “Senhor presidente, quero expressar meu mais sincero agradecimento pela decisão de Vossa Excelência sobre o caso do cidadão italiano Cesare Battisti, definitivamente condenado pela Justiça italiana por crimes gravíssimos e que até hoje se subtraiu à execução das relativas sentenças.” (Agência Brasil)