Correio de Carajás

PC apreende armas, drogas e dinheiro de facção “dissidente” em Marabá

“Não tem essa história de que é Natal, de que é Réveillon; a gente vai continuar fazendo nosso trabalho com toda energia e vigor possível”, diz delegado Antonio Mororó

Operação centralizada no Núcleo São Félix desbaratou uma quadrilha de venda de drogas em Marabá/Fotos: Josseli Carvalho
Por: Por Chagas Filho e Josseli Carvalho

No início da manhã desta terça-feira (23), a Polícia Civil cumpriu quatro mandados de prisão preventiva, dos cinco que estavam previstos dentro da “Operação Dissidentes”, que combate o tráfico de drogas em Marabá. As prisões ocorreram no Bairro Novo Progresso, Núcleo São Félix.

Os quatro presos são Laelton Aguiar Ferreira, Gilmara Alves da Silva Ferreira, Maurício Mendes da Silva (o Neguinho) e Patrícia Alves da Silva. Ao todo, segundo o delegado Antonio Mororó, superintendente regional que coordenou a operação, há cinco mandados de busca e apreensão domiciliar e cinco de prisão preventiva para membros desse membro grupo de dissidentes. O delegado Leandro Benício também esteve à frente das prisões.

Uma das mulheres presas na operação desta manhã no Núcleo São Félix chega algemada à delegacia

Uma pistola e uma espingarda foram apreendidas, além de drogas e uma quantia alta em dinheiro, que ainda está sendo contabilizada.

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Pelo padrão das residências dos alvos e, também, a julgar pelos cinco automóveis e uma motocicleta apreendidos, trata-se de uma organização criminosa que movimentava grande volume de recursos. Inclusive, a Polícia Civil detectou movimentação suspeita de R$ 7 milhões num prazo de dois anos, na conta de um dos investigados.

A operação foi denominada “Dissidentes” porque os alvos dos mandados de prisão são oriundos de outra facção criminosa, por isso são chamados de “dissidentes”. Aliás, a Polícia Civil apura também homicídios de membros da facção anterior, que podem ter a participação dos presos nesta manhã. “Nosso objetivo é combater antes que gere uma dominação maior sobre o território”, declarou o delegado Benício.

Equipe de policiais civis que participaram da operação Dissidentes nesta terça-feira, em Marabá

Além de dar continuidade às buscas pelos demais membros da facção, a Polícia Civil deve agora periciar os celulares dos envolvidos para obter mais informações sobre a atividade criminosa e, ainda, identificar mais suspeitos.

“Não tem dia, não tem hora, não tem essa história de que é Natal, de que é Réveillon; a gente vai continuar fazendo nosso trabalho com toda energia e vigor possível”, declarou o delegado Antonio Mororó.

Além da Superintendência, a operação “Dissidentes” contou com apoio da Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais; Delegacia de Homicídios; Seccional Urbana de Marabá. “Conseguimos honrar o nosso compromisso com a sociedade local e estamos cumprindo o que prometemos, dando resposta ao avanço do tráfico e de facções em nossa região e, também, em relação aos índices de homicídios, crimes violentos e letais”.