📅 Publicado em 04/12/2025 13h02✏️ Atualizado em 04/12/2025 13h03
O julgamento de Sara Nunes Ferreira, acusada de assassinar Ana Beatriz Machado em janeiro de 2024, entrou na fase de interrogatório nesta quinta-feira (4), momento em que a ré apresentou sua versão dos fatos ao corpo de jurados. Após essa etapa, a sessão prosseguirá com as sustentações orais da acusação e da defesa, para então os jurados – seis mulheres e um homem – se reunirem para a deliberação do veredito.
O depoimento de Sara marcou o início de um dos momentos mais aguardados do julgamento, trazendo à tona os eventos que, segundo ela, motivaram o confronto naquela madrugada.
Durante a oitiva, Sara admitiu a existência de uma desavença prévia com Ana Beatriz, motivada por trocas de mensagens em redes sociais e acusações de fofoca. De acordo com a ré, a vítima teria enviado uma solicitação de amizade ao seu companheiro no dia do crime.
Leia mais:“Eu não saí de casa com a intenção de matar a Ana Beatriz. Eu saí, sim, para discutir com ela, mas não com a intenção de tirar a vida dela”, alegou em seu depoimento. A ré também confessou ter consumido bebida alcoólica e cocaína aproximadamente 40 minutos antes do ocorrido.
Ela narrou que, ao chegar ao bar, iniciou-se uma briga e, em meio à confusão, “no calor do momento”, sacou a faca, afirmando não ter percebido quando desferiu os golpes. Sara declarou que não planejou o crime e que o desfecho “não deveria ter sido dessa forma”.
O interrogatório, que durou poucos minutos, foi conduzido pelo advogado Arnaldo Ramos e sua equipe de defesa. A pedido da defesa, a promotoria não realizou perguntas à ré, oportunidade que foi concedida apenas aos jurados.
Ao finalizar sua fala, Sara demonstrou arrependimento, afirmando que, se pudesse voltar no tempo, teria agido de maneira diferente. “Preferia ter morrido naquele dia a estar aqui hoje”, disse, emocionada.
