Correio de Carajás

Sara Nunes será julgada nesta quinta-feira em Marabá

Sara responde por homicídio qualificado por motivo fútil e senta amanhã no banco dos réus / Foto: Divulgação
Por: Luciana Araújo
✏️ Atualizado em 03/12/2025 17h16

O Tribunal do Júri de Sara Nunes Ferreira, acusada de assassinar a jovem Ana Beatriz Machado, está programado para ocorrer nesta quinta-feira (4), no Fórum Juiz José Elias Monteiro Lopes, em Marabá. O processo tramita em segredo de justiça na 1ª Vara Criminal do município.

Sara responde por homicídio qualificado por motivo fútil. Além da acusação principal, a ré também é julgada no mesmo processo pelo crime de lesão corporal contra David Gabriel Barros de Souza, amigo da vítima, e por fraude processual, sob a suspeita de ter apagado conversas com a vítima após o cometimento do crime.

O julgamento acontece após um adiamento polêmico. A sessão estava inicialmente prevista para 29 de maio, mas não ocorreu devido à ausência da defesa. Na ocasião, o advogado contratado, Arnaldo Ramos de Barros Júnior, alegou incompatibilidade de agenda por ter outro julgamento em Pernambuco no dia anterior.

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Embora a defesa tenha solicitado o adiamento, o pedido foi negado sob a justificativa de que o escritório possuía outros advogados aptos a comparecerem. A juíza Alessandra Rocha da Silva Sousa, que presidiria a sessão, considerou a ausência da equipe como má-fé processual e remarcou o ato para dezembro.

RELEMBRE O CASO

O crime ocorreu na madrugada de 7 de janeiro de 2024, em um bar localizado na Rua Fortunato Simplício Costa, Bairro Novo Horizonte (Núcleo Cidade Nova). Segundo as investigações, Sara Nunes foi ao local tirar satisfações com Ana Beatriz após uma discussão prévia via Instagram. A acusada alegou à polícia que trabalhava com a vítima e que havia desavenças motivadas por fofocas no ambiente de trabalho e supostas mensagens enviadas por Ana ao namorado de Sara.

Ao chegar ao estabelecimento, as duas entraram em luta corporal. Sara sacou uma faca e desferiu múltiplos golpes na região do tórax e abdômen de Ana Beatriz. A vítima chegou a ser socorrida por populares e pelo SAMU, mas não resistiu aos ferimentos e faleceu a caminho do Hospital Municipal de Marabá (HMM).

Após o crime, Sara Ferreira apresentou-se na 21ª Seccional Urbana de Polícia Civil com a arma utilizada e foi autuada em flagrante. Ela teve o pedido de liberdade negado pela juíza Renata Guerreiro Milhomem em 9 de janeiro e permanece custodiada no Centro de Triagem Feminino de Marabá desde então.