Correio de Carajás

HIV/AIDS: Conscientização, Avanços e o Combate ao Estigma

Todos os medicamentos são fornecidos exclusivamente pelo Sistema Único de Saúde
Por: No silêncio de muitas histórias não contadas, há vidas que resistem, amam, trabalham, sonham e vivem com HIV/Foto: Divulgação

O Dia Mundial de Luta contra a AIDS, celebrado em 1º de dezembro, é mais do que uma data no calendário: é um chamado à empatia, à informação e à ação coletiva. Para o Dr. Harbi Othman, infectologista e professor da Afya Marabá, “É um momento para estimular o acolhimento às pessoas que vivem com o vírus, combater o estigma e fomentar pesquisas sobre prevenção, diagnóstico, tratamento e, quem sabe em um futuro próximo, a cura”, afirma.

Segundo o especialista, existem diversas formas de prevenção ao HIV. O preservativo continua sendo o método mais tradicional e eficaz, mas não é o único. “É fundamental que a população conheça outras estratégias. Uma pessoa vivendo com HIV, em tratamento regular e com carga viral indetectável, não transmite mais o vírus. Isso significa que o próprio tratamento é também uma forma de prevenção”, explica Dr. Harbi.

Ele acrescenta que tratar outras infecções sexualmente transmissíveis reduz o risco de infecção. “Feridas causadas por sífilis, por exemplo, aumentam significativamente a vulnerabilidade ao HIV”, alerta. Além disso, destaca a importância das profilaxias pré e pós exposição (PrEP e PEP, respectivamente). “A PrEP é indicada para pessoas em maior risco, como profissionais do sexo ou casais sorodiscordantes. Já a PEP pode ser iniciada em até 72 horas após uma relação desprotegida ou falha no uso do preservativo, reduzindo de forma significativa o risco de infecção.”

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Dr. Harbi esclarece que o HIV ataca células específicas do sistema imunológico, os linfócitos T CD4. “Quando infectadas, essas células perdem sua função e são eliminadas, reduzindo a capacidade do organismo de enfrentar outras infecções, chamadas de oportunistas”, explica.

O médico lembra que o tratamento evoluiu de forma notável. “Antes, chamávamos de coquetel, devido à grande quantidade de comprimidos e efeitos colaterais. Hoje, o esquema inicial inclui apenas dois comprimidos ao dia, altamente eficazes e com poucos efeitos adversos. Em alguns casos, é possível realizar o tratamento com apenas um comprimido diário”, afirma.

Ele ressalta ainda o papel do SUS. “No Brasil, todos os medicamentos são fornecidos exclusivamente pelo SUS, de forma rápida, segura e gratuita. Essa política pública é referência mundial e garante acesso universal aos melhores fármacos disponíveis.”

Dr. Harbi destaca que os avanços desde os anos 2000, especialmente na última década, foram extraordinários. “O que nos anos 1980 era visto como sentença de morte, hoje é tratado com eficácia, garantindo qualidade de vida e longevidade às pessoas que vivem com HIV. Temos estudos em andamento sobre novas terapias, vacinas e até possibilidades de cura funcional”, relata.

Ele reforça que o objetivo do tratamento vai além da redução da carga viral e do aumento do CD4. “Mais do que números, buscamos oferecer saúde e qualidade de vida ao paciente. As alterações laboratoriais são consequência desse cuidado.”

Apesar dos avanços, o preconceito ainda é um obstáculo. “O estigma afasta pessoas do diagnóstico precoce e do tratamento. É fundamental que toda a população seja orientada sobre a infecção, formas de prevenção e tratamento. O preconceito nasce da falta de informação”, afirma Dr. Harbi.

Nesse contexto, ele destaca o papel dos profissionais de saúde. “Na Afya Marabá, formamos médicos com olhar humano e ético, que levam essa base teórica e prática às suas atividades diárias, orientando a população e servindo como verdadeiras pontes para um futuro sem estigma e, quem sabe, sem HIV.”

Com a serenidade de quem dedica a vida ao cuidado, Dr. Harbi deixa uma mensagem clara: “HIV não é sentença de morte. É possível viver, amar, trabalhar, sonhar. Mas para isso, precisamos de informação, acolhimento e coragem para enfrentar o preconceito. Que o Dia Mundial de Luta contra a AIDS nos lembre que a vida vale mais quando é vivida com dignidade.”

Sobre a Afya

A Afya, maior ecossistema de educação e tecnologia em medicina no Brasil, reúne 38 Instituições de Ensino Superior, 33 delas com cursos de Medicina e 25 unidades promovendo pós-graduação e educação continuada em áreas médicas e de saúde em todas as regiões do país. São 3.653 vagas de Medicina aprovadas e 3.543 vagas de medicina em operação, com mais de 24 mil alunos formados nos últimos 25 anos. Pioneira em práticas digitais para aprendizagem contínua e suporte ao exercício da Medicina, 1 a cada 3 médicos e estudantes de Medicina no país utiliza ao menos uma solução digital do portfólio, como Afya Whitebook, Afya iClinic e Afya Papers. Primeira empresa de educação médica a abrir capital na Nasdaq em 2019, a Afya recebeu prêmios do jornal Valor Econômico, incluindo “Valor Inovação” (2023) como a mais inovadora do Brasil e “Valor 1000” (2021, 2023, 2024 e 2025) como a melhor empresa de educação. Virgílio Gibbon, CEO da Afya, foi reconhecido como o melhor CEO na área de Educação pelo prêmio “Executivo de Valor” (2023). Em 2024, a empresa passou a integrar o programa “Liderança com ImPacto”, do Pacto Global da ONU no Brasil, como porta-voz da ODS 3 – Saúde e Bem-Estar. Mais informações em: www.afya.com.br e ir.afya.com.br