📅 Publicado em 28/11/2025 19h53
Uma tragédia abalou a comunidade da Folha 33, na Nova Marabá, no início da noite desta sexta-feira (28). O pequeno Luís Miguel Milhomem, de apenas 8 anos, teve sua vida interrompida de forma abrupta ao ser atropelado e morto por um caminhão de uma transportadora na porta de sua casa. O acidente ocorreu por volta das 18h30, na Quadra 20.
Preso em flagrante, o motorista Carlito Pereira dos Santos falou com a reportagem do CORREIO, na seccional de polícia, e, além dos sinais patentes de embriaguez, assumiu que estava bebendo minutos antes. Também negou que tenha sido o atropelador da criança, embora haja testemunhas do fato.
Em meio à dor e à comoção, a avó da criança, Iraceli Milhomem, relatou os momentos de desespero. Segundo as informações colhidas no local, a criança estava na frente da residência quando foi atingida pelo veículo, um caminhão de uma conhecida empresa de transportes. O impacto foi fatal e Luís Miguel morreu antes mesmo de qualquer possibilidade de socorro, com o corpo permanecendo na via enquanto a família e os vizinhos aguardavam a chegada das autoridades competentes.
Leia mais:Testemunhas que presenciaram a cena relataram que o condutor apresentava visíveis sinais de embriaguez, com dificuldades até mesmo para se manter em pé.
A Polícia Militar isolou a área do atropelamento para a realização da perícia pela Polícia Civil. O clima no local era de profunda consternação. Vizinhos e familiares se reuniram em frente ao lote 41, onde a tragédia aconteceu, buscando consolo e respostas para o ocorrido. A avó, Iraceli, que cuidava do neto, permaneceu ao lado do corpo, em um retrato desolador da perda repentina.
O caso foi registrado na 21ª Seccional Urbana de Polícia Civil, que investigará as circunstâncias do atropelamento.
Versão do acusado
Quando a reportagem do CORREIO chegou à delegacia, encontrou o acusado, Carlito Pereira dos Santos, aguardando para prestar depoimento à autoridade policial, conduzido pela Polícia Militar. O repórter conseguiu se aproximar para ouvir a versão do homem, que já de primeira demonstrou uma fala arrastada e confusão, mas a todo momento repetindo que não havia criança alguma na sua frente quando transitou pela rua.
Questionado se estava bebendo cachaça antes de sair com o caminhão, ele respondeu positivamente ao repórter, assumindo sua condição. Ele também respondeu ser morador da Folha 15 e ter 20 anos de profissão fichado na mesma empresa dona do caminhão.
Negou já ter se envolvido em algum acidente anterior com morte e manteve a versão, a todo tempo, de que nenhuma criança passou a sua frente enquanto trafegava.
O jornal não conseguiu contato com representantes da empresa dona do caminhão.
Testemunha
A testemunha ocular que também compareceu à 21ª Seccional é Diego Gomes, tio da vítima. Ele narra que Miguel brincava com outras crianças na rua onde mora, quando o caminhão surgiu, vindo de uma rua sem saída e rumo à rodovia, quando atropelou o menino.