📅 Publicado em 18/11/2025 08h20
Após decisão unânime do júri, o tatuador William Araújo Sousa foi sentenciado por homicídio qualificado, ocultação de cadáver e fraude processual. Acusação e defesa anunciaram que irão recorrer da sentença.
Em um desfecho judicial aguardado, William Araújo Sousa, conhecido como Will Sousa, foi condenado pela morte da também tatuadora Flávia Alves Bezerra. O Tribunal do Júri de Marabá considerou-o culpado pelos crimes de homicídio qualificado, ocultação de cadáver e fraude processual, resultando em uma pena total de 17 anos, 10 meses e 16 dias de reclusão, além de 6 meses de detenção.
A sentença foi proferida pouco mais de 23 horas desta segunda-feira (17) pela juíza Alessandra Souza Rocha, que acatou a decisão unânime do conselho de sentença. Os jurados reconheceram a autoria e a materialidade do crime, rejeitando todas as teses apresentadas pela defesa, que buscava a desclassificação da acusação para lesão corporal seguida de morte.
Leia mais:Durante o interrogatório, um dos momentos mais tensos do julgamento, William confessou o crime. Ele relatou que a agressão fatal teve início após um desentendimento banal por um maço de cigarro e demonstrou a técnica de estrangulamento conhecida como “mata-leão”, que teria sido utilizada para matar Flávia.
A sessão do júri ocorreu de forma reservada, com acesso limitado aos familiares da vítima e do réu, além dos advogados e representantes do Ministério Público. A promotora Cristine Magella liderou a acusação, com o apoio de advogados assistentes. A gravação completa do julgamento será disponibilizada ao público após um prazo de 24 horas.
Repercussão e próximos passos
A pena, fixada a partir da soma das sentenças por cada crime (concurso material), gerou reações distintas. Para a acusação e os familiares de Flávia, a punição foi considerada branda diante da gravidade dos atos. Por outro lado, a defesa, representada pela advogada Cristina Longo, já anunciou que buscará a redução do tempo de reclusão.
Com o encerramento do processo em primeira instância, o caso agora segue para a Vara de Execução Penal. A defesa de Will Sousa aposta em um recurso de apelação, alegando ter identificado erros na dosimetria (cálculo da pena) que poderiam levar a uma diminuição da condenação. A promotoria também confirmou que recorrerá, mas com o objetivo de aumentar a pena imposta.
Depois que a sentença foi proferida e divulgada pelo CORREIO DE CARAJÁS, diversas pessoas comentaram que acharam 17 anos uma pena muito pequena e que esperavam mais, em virtude da natureza e grande repercussão do crime.
