Em uma sessão tensa do Tribunal do Júri ocorrida nesta terça-feira, 11 de novembro, o réu Izaias Faustino foi absolvido da acusação de homicídio qualificado contra Benedito Augusto Moreira Mendes. O crime, que aconteceu em agosto de 2020, ocorreu após o réu flagrar sua então esposa com a vítima em um salão de beleza no bairro Cristo Vive.
A sessão foi presidida pelo juiz Claudio Sanzonowicz Junior. Na acusação, o promotor de justiça Luiz Alberto Almeida Presotto defendeu a condenação do réu. A banca de defesa do escritório Teixeira e Freires foi composta pelos advogados Diego Adriano Freires, Kewin William Damasceno e Thiago Pires Alves, bem como pelos acadêmicos de direito Eduardo Gomes, Elinelson Cruz, Isis Sampaio e Jhavas Luan.
O Conselho de Sentença acolheu integralmente a tese principal sustentada pela banca de advogados, a de legítima defesa. Com o veredito, os jurados reconheceram a inexistência de responsabilidade criminal do réu, que respondia ao processo em liberdade.
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Os fatos que levaram ao julgamento ocorreram na tarde de 26 de agosto de 2020. De acordo com os autos do processo, Izaias foi até o endereço na Rua Jonas para buscar sua esposa e seu filho para um lanche.
Ao entrar no local para buscar um carrinho de brinquedo que seu filho havia esquecido, ele encontrou a vítima em um quarto. O réu afirmou em seu depoimento que a vítima o insultou (“tu é muito é um chifrudo”) e o ameaçou de morte (“tu vais morrer, seu chifrudo”). Imediatamente após a ameaça, a vítima sacou uma faca e partiu para o ataque. Para se defender do golpe, Izaias usou o braço como escudo, que acabou sendo atravessado pela lâmina.
Ele conseguiu tomar a faca do agressor e revidou para se defender, pois temia ser morto. Ferido, o réu foi levado à UPA pela própria esposa, onde foi preso em flagrante pela polícia militar.
Nesta terça-feira (11), após horas de explanações, a tese da defesa prevaleceu sobre a da acusação, e os jurados decidiram pela absolvição de Izaias Faustino.