Correio de Carajás

Repórter Correio

Criando pânico

Sabendo que o período chuvoso vai escancarar que ele não fez o “dever de casa”, preparando a cidade, o prefeito Toni Cunha já se adiantou na desculpa, decidiu que vai culpar “São Pedro”. Isso ficou flagrante nos avisos que ele mandou a Defesa Civil começar a publicar nas redes sociais com as letras garrafais: “ALERTA – Alto Risco”. O tal aviso também fala em “tempestades e chuvas intensas” e em “risco de alagamentos, deslizamentos e vendaval”. Moral da história, a Correio FM recebeu várias mensagens e telefonemas nesta segunda-feira (10) de pessoas preocupadas se tem algo devastador a caminho de Marabá.

Criando pânico II

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A reação das pessoas tem a ver com o fato de que nunca antes Marabá teve essa constância de avisos seguidos de alerta, sendo que não há um histórico de destruições na cidade por fenômenos naturais inéditos, mas apenas os já conhecidos, a enchente anual em menor ou maior nível e um ou outro vendaval no ano. Toni Cunha, que de forma “previsível”, isso sim, não preparou a cidade ao longo do inverno, já vai temendo pelo seu nome na boca do povo, que foi exatamente o que aconteceu na semana passada.

Câmara

Na quarta-feira, dia 12, no plenário da Câmara Municipal de Marabá, será lançada oficialmente a revista da CPI do Salobo. A ideia é divulgar detalhes mais precisos das informações levantadas pela comissão, a pauta e destacar o resultado, os avanços a partir desse movimento.

Salobo

Localizada dentro do Município de Marabá, a mina do Salobo é o maior projeto de exploração de minério de cobre do Brasil e uma das principais operações de mineração da América Latina. Operada pela Vale desde 2012, essa estrutura a céu aberto não é apenas uma jazida bilionária de recursos minerais, mas um motor econômico que gera empregos, royalties e desafios ambientais em uma região marcada pela Floresta Nacional do Tapirapé-Aquiri.

Salobo II

Com reservas estimadas em 1,8 bilhão de toneladas de minério, a mina tem uma vida útil projetada até 2060, prometendo décadas de produção de concentrado de cobre, essencial para indústrias como a eletrônica, construção e energias renováveis.

Ponte

O Correio publica nesta edição uma reportagem explicando sobre as fases que precisam ser cumpridas para que a ponte do Rio Araguaia, entre São Geraldo do Araguaia (PA) e Xambioá (TO) seja liberada ao tráfego. No final de semana, muitos motoristas burlaram o frágil bloquei deixado pela construtora e atravessaram, inaugurando a ponte por conta própria. A nossa reportagem explica o que falta para a liberação para valer. O Dnit, aliás, ainda vai receber a obra oficialmente e tratar de incorporar a ponte à listagem de equipamentos da BR-153, o que deixará o órgão na responsabilidade pelas manutenções.

PRF

A Delegacia da Polícia Rodoviária Federal em Marabá, inclusive, confirmou ao Correio que uma viatura e uma equipe estão em São Geraldo desde domingo, ajudando no isolamento da ponte e por lá permanecem até o dia 13. A partir desta data uma equipe do Tocantins assume, montando guarda do lado de Xambioá (TO). A PRF também solicitou do Dnit que providencie barreiras de concreto no acesso à ponte até que chegue a data oficial de inauguração. Data, aliás, que não foi confirmada, ainda, pelo ministério dos Transportes.

Feriados

O Sindicato dos Empregados no Comércio de Município de Marabá e Sul do Pará (Sindecomar) divulgou comunicado aos seus associados destacando que os feriados de 15 de novembro (Proclamação da República) e 20 de novembro (Dia do Padroeiro do Município) serão regiamente respeitados, com comércio fechado na cidade. A exceção fica com os ramos de atividade que têm acordo coletivo específico, como é o caso dos supermercadistas.

Morte e protesto

Cerca de mil famílias de acampados da reforma agrária ocuparam no domingo (9) a BR-010, no trecho do município de Ipixuna do Pará, em protesto contra o assassinato do trabalhador rural Sebastião Orivaldo da Fonseca Lopes, ocorrido no dia 7. O crime reacende o alerta sobre a violência no campo. Sebastião era agricultor familiar. Sua execução, segundo os movimentos sociais, tem relação com a luta pela terra.