A menos de uma semana do início da COP 30, em Belém (PA), pesquisa realizada pelo Ministério do Turismo, em parceria com a Nexus – Pesquisa e Inteligência de Dados, aponta que 81% dos moradores da capital paraense acreditam que a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas trará benefícios econômicos para a cidade.
A expectativa é de que a COP30 reúna mais de 50 mil visitantes, entre membros de delegações oficiais e o público em geral. O movimento estimula toda a cadeia produtiva do turismo local, com a ampliação da oferta hoteleira, a qualificação de profissionais e a modernização de atrativos turísticos.
Os setores de turismo, hotelaria e gastronomia aparecem como os mais citados (71%) entre as áreas que devem ser mais impactadas, seguidos por comércio e varejo (33%). Para 70% dos entrevistados, o evento deve gerar efeitos positivos ou muito positivos para a economia local.
Leia mais:Segundo o ministro do Turismo, Celso Sabino, o evento consolida um novo momento para o setor na região. “A COP 30 é uma oportunidade concreta de desenvolvimento para Belém e para toda a Amazônia. Os investimentos em infraestrutura e qualificação deixarão um legado duradouro para o turismo e para a economia local”, afirmou.
O levantamento também identificou que os segmentos de turismo gastronômico (65%), histórico-cultural (41%) e ecoturismo e turismo de natureza (32%) devem concentrar os principais ganhos. Essas atividades têm potencial de ampliar a visibilidade internacional da Amazônia e movimentar cadeias produtivas locais, como agricultura, artesanato, transporte e eventos.
O resultado reflete o crescimento do turismo no país. Em 2025, o Brasil superou pela primeira vez a marca de 7 milhões de turistas internacionais, com projeção de ultrapassar 10 milhões até o fim do ano.
LEGADO – Entre 2023 e 2025, o Ministério do Turismo apoiou 1.240 obras de infraestrutura turística em todo o país, com investimentos que somam mais de R$ 1,8 bilhão. Na Região Norte, os aportes ultrapassam R$ 440 milhões. As ações também incluem qualificação profissional, estruturação de trilhas de longo curso e parcerias com o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), a Embratur e a Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) para fortalecer a gestão sustentável das unidades de conservação e dos patrimônios naturais da Amazônia.
Dentre as iniciativas, o Parque da Cidade de Belém se destaca como um dos principais legados da COP30. Com 50 hectares, o novo complexo de convenções e lazer servirá de polo de eventos durante o encontro e continuará funcionando como centro de visitação e lazer para a população local após a conferência. Além disso, outros ícones de Belém – como o Mercado Ver-o-Peso, o Porto Futuro e o Centro Histórico – passaram por modernização, reforçando o posicionamento da cidade como capital cultural e turística da Amazônia.
(Fonte: agência gov)
