📅 Publicado em 22/10/2025 10h33
A Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa) foi autorizada a criar 91 novas vagas em seu quadro permanente, uma medida do Governo Federal que visa combater a defasagem histórica de servidores na instituição. São 76 novos postos para técnicos administrativos e 15 para professores. Com isso, será possível fortalecer áreas estratégicas dentro da universidade.
Com a medida, será possível articular um novo concurso público, com foco em áreas carentes como Psicologia e Tecnologia da Informação (TI).
Em entrevista ao Correio de Carajás, Francisco Ribeiro, reitor, comunica que a instituição pretende criar um processo seletivo próprio a partir de 2026, com o objetivo de aumentar o acesso de estudantes, principalmente nos campi fora da sede.
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Francisco explica que as vagas são fruto de um movimento nacional das universidades federais junto ao Ministério da Educação (MEC) para readequar o quadro de funcionários ao crescimento da rede de ensino. Desde 2013, o número saltou de 59 para 69 instituições, com um aumento de quase 40% no número de matrículas. No entanto, o quadro de servidores não acompanhou essa expansão, gerando sobrecarga e dificultando a manutenção das atividades.
No caso da Unifesspa, a liberação das vagas era prevista desde sua lei de criação e novidade agora representa um alívio para a instituição. “Essas novas vagas chegam em um momento muito importante. Reforçam nosso compromisso com a interiorização do ensino superior público, gratuito e de qualidade”, destaca o reitor.
Segundo ele, a chegada dos novos servidores vai permitir que a universidade avance em projetos estratégicos. Um dos principais objetivos é a criação de um vestibular próprio a partir de 2026, que funcionará de forma complementar ao Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM). A meta é ampliar o acesso de estudantes nos campi fora de sede, onde muitos jovens não realizam o exame nacional, resultando em vagas ociosas. Para isso, uma das prioridades será fortalecer o Centro de Processos Seletivos da universidade, que atualmente conta com apenas dois servidores.
De acordo com Francisco, parte das 76 vagas de técnicos será utilizada pelo concurso que está em vigência. Posteriormente, a distribuição das remanescentes será discutida com os diretores de institutos e a administração para identificar os maiores “gargalos” da instituição.
A última turma de técnicos empossados foi direcionada para atender os programas de pós-graduação, que saltaram de 13 para 23 sem o suporte administrativo necessário. Agora, a gestão pretende focar em outras áreas fragilizadas.