O Ministério Público do Estado do Pará (MPPA), por meio da Promotoria de Justiça de Tucuruí, deflagrou a “Operação Alcobaça”, que investiga fraudes em licitações no Município. São alvos da operação pessoas ocupantes de cargos no Poder Público Municipal e empresários. O ex-prefeito Sancler Antônio Wanderley Ferreira teve a prisão preventiva decretada, mas ainda não foi localizado nos endereços de Tucuruí e Belém.
Dez promotores de Justiça do Ministério Público, com o apoio de policiais civis e militares, num total de 33 agentes, cumprem 19 mandados, sendo 12 de prisão preventiva e três de prisão domiciliar. Outros quatro mandados de busca e apreensão também estão sendo cumpridos. Ao todo, dezessete alvos são em Tucuruí e dois em Belém. Alcobaça foi o primeiro nome do atual município de Tucuruí.
Os promotores de Justiça Amanda Luciana Lobato e Carlos Alberto Lopes estão à frente das investigações e contaram com o apoio do Grupo Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) e Grupo de Segurança Institucional (GSI) do Ministério Público do Estado.
Leia mais:Os investigados são acusados dos crimes de fraude em licitação, peculato, corrupção ativa e passiva, de acordo com a conduta de cada um. As condutas ocorreram no período da gestão do então prefeito Sancler Ferreira à frente do executivo municipal.
Os alvos são: Sancler Antônio Wanderley Ferreira (ex-prefeito); Ronaldo Lessa Voloski (ex-chefe de gabinete); Francisco Souto de Oliveira Júnior (ex-assessor do gabinete); Anisio Pacheco Ribeiro (ex-secretário municipal); Aline do Socorro da Silva Furtado (sócia de empresa, seria “laranja”); Maria José Vieira de Araújo (esposa ex-chefe de gabinete); Cristiane de Morais Gouveia (empresária); Raimundo Germano de Souza (ex-secretário municipal); Adriana Higino Almeida de Souza (esposa do ex-chefe de departamento de tributos); Márcio Hiroshi Moreira Kamizono (ex-secretário municipal); Édson Andrey Furtado da Costa (chefe do departamento de tributos); Luana Pereira Pantoja (servidora da prefeitura); Orlando de Deus e Silva Neto (secretário municipal); Anderson José da Silva Furtado (sócio empresa); Lucas Fernando da Costa Menezes (funcionário empresa); Luiz Guilherme da Silva Araújo (funcionário empresa); Adeval Patrício Gouveia Souza (empresário) e Mariely Belich de Sousa (ex-secretária).
Contra Anderson Furtado e Aline Furtado estão sendo cumpridos apenas mandados de busca e apreensão, enquanto que contra os outros estão sendo cumpridos mandados de prisão preventiva ou domiciliar. A única mulher que teve a prisão preventiva decretada foi Luana Pantoja, servidora da prefeitura, as demais cumprirão prisão domiciliar.
Participaram da Operação Alcobaça pelo MPPA os promotores de Justiça Milton Menezes, Augusto Sarmento, Daniel Azevedo, Renato Beline, Amanda Lobato, José Dantas, Carlos Alberto, Pedro Brasil, Ely Soraia, Alexandre Couto e Sávio Campos. (Divulgação/MPPA)