📅 Publicado em 24/09/2025 13h47✏️ Atualizado em 24/09/2025 16h25
Teve início na manhã de terça-feira (23) a Oficina de Pintura em Tela para crianças com autismo, ministrada pela artista visual e muralista Ghennity Ferro. A ação integra o projeto ‘A Energia do Círio Iluminado’, realizado em Marabá, em parceria com a Associação de Amigos e Pais dos Autistas de Marabá (AMA Marabá).
O projeto conta com apoio da Equatorial Energia e integra cerca de 20 alunos. As aulas são realizadas na sede da AMA, localizada na Rua Antônio Vilhena, no Núcleo Cidade Nova, e seguem até esta quinta-feira (25).
ARTE E INCLUSÃO
Leia mais:Em entrevista ao CORREIO, o produtor geral do projeto, Ruan Matheus Nascimento de Sousa, destacou o caráter inédito da iniciativa na cidade. “O projeto acontece em Belém, mas veio pela primeira vez a Marabá. Estamos trazendo a inclusão”, reflete Ruan.

Ele ressalta, ainda, que a proposta vai além do aprendizado artístico. As oficinas contam com intérprete de Libras e oferecem diversas atividades voltadas para a inclusão das crianças. Para Ruan, a iniciativa representa uma forma de apresentar a arte como terapia e, sobretudo, valorizar o Círio de Marabá, expressão religiosa marcante no município.
As telas produzidas serão expostas no Partage Shopping, onde o público poderá apreciar os trabalhos dos pequenos artistas. Ruan também antecipou que o projeto contará com um camarote de acessibilidade durante o Círio e atrações musicais.
Uma nova turma será aberta de 1º a 3 de outubro, no Partage Shopping.

ACOLHIMENTO E MÃOS NA TINTA
Ghennity Ferro, responsável por conduzir a oficina, explica que a iniciativa nasceu do desejo de transformar a arte em uma ferramenta de inclusão e acolhimento. “Eu já trabalhei muito pintando murais e a ideia das oficinas surgiu com o interesse das pessoas em ver como era terapêutico assistir a esse processo”, compartilha a artista.
Ela também ressalta a importância de unir cultura e cuidado. “Esse não é o meu primeiro projeto e tem sido maravilhoso incluir as crianças atípicas, e também levar a cultura do Círio”, afirma Ghennity.

As oficinas recebem, em sua maioria, crianças com autismo, mas também acolhem pequenos com comorbidades semelhantes, além das famílias que acompanham de perto o desenvolvimento de filhos, netos e sobrinhos.
Segundo Ghennity, cada participante traz um aprendizado único. “Alguns são perfeccionistas, outros não gostam tanto da textura da tinta, uns conseguem relaxar, outros não. É realmente um público muito diferente, mas que estamos muito felizes em incluir nessa jornada”.
