Correio de Carajás

Veja repercussão do show de Mariah Carey no Amazônia Live

Uma das vozes mais conhecidas da música pop, Mariah Carey se apresentou nesta quarta-feira (17) em um palco flutuante em formato de vitória-régia — uma planta típica da região amazônica –, montado sobre o rio Guamá, em Belém.

No show do projeto Amazônia Live, a cantora americana surgiu mais animada e falante do que se mostrou no The Town. Ela participou do festival em São Paulo no último sábado (13).

“Esta noite estamos aqui para conscientizar sobre a preservação da floresta”, disse logo depois de abrir a apresentação com a balada romântica “My All”. Promovido pela mesma empresa que organiza o The Town, o Amazônia Live tem como objetivo chamar a atenção para iniciativas de combate às mudanças climáticas, uma pauta em linha com a 30ª Conferência das Partes para o Clima (COP 30), que acontecerá em novembro, em Belém.

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Enquanto no festival paulistano Mariah fez pausas para trocar de figurino e pouco interagiu com o público, em Belém ela permaneceu o tempo inteiro com a mesma roupa, agradeceu aos brasileiros e pediu para cantarem juntos a letra da dançante “Always Be My Baby”. Mais simpática, arriscou um “te amo” — em português — no fim da apresentação, depois de dedicar seu sucesso “Hero” à plateia.

O setlist foi uma versão mais curta da lista de músicas mostrada no The Town. Mariah cantou as sensuais “Touch My Body” e “Heartbreaker”. Também incluiu “Type Dangerous”, música de seu próximo álbum, “Here for It All”, previsto para sair no dia 26 de setembro.

Ela deixou de fora o hit “Obsessed” e “I Want to Know What Love Is”, uma regravação da banda Foreigner, querida dos brasileiros por ter sido trilha da novela “Viver a Vida” (2009).

O que não mudou no Amazônia Live, em relação ao festival de São Paulo, foi a força da voz de Mariah, sempre impressionante. Nas duas apresentações, a performance vocal da cantora atingiu o auge em “Emotions”, com o falsete que quase soa como um apito – e se tornou sua marca registrada.

O show, um dos mais aguardados do evento, aconteceu a menos de dois meses antes de a cidade receber a COP30. Apesar do simbolismo e da expectativa pela visibilidade com a estrela internacional, a apresentação não teve grande repercussão.

A Reuters destacou o “poder de estrela” da cantora que se juntou a um elenco de artistas locais, referindo-se a Joelma, Dona Onete, Gaby Amarantos e Zaynara no evento realizado a poucos meses antes da COP30. Ainda na reportagem, o portal comentou sobre a roupa escolhida pela artista e citou seu discurso no palco. “Hoje à noite, estamos aqui para conscientizar sobre a preservação da floresta tropical”, disse Carey.

Outro site que repercutiu o show foi o Deccan Chronicle, apontando a performance de Mariah tanto em na Amazônia Live quanto no The Town, em São Paulo, no domingo, 14. “Durante meia hora, a cantora, enfeitada com um vestido vermelho brilhante, apresentou seus sucessos em um palco flutuante em forma de uma enorme vitória-régia no rio Guará, enquanto os fãs assistiam ao show de um local diferente”, diz a nota.

Cantoras paraenses

Antes do show de Mariah, o palco flutuante recebeu as cantoras paraenses Joelma, Gaby Amarantos, Zaynara e Dona Onete. Em ritmo acelerado, cada uma apresentou músicas do próprio repertório e outras gravadas em parceria.

“Escrevi essa para homenagear a beleza da mulher do Norte, da mulher da Amazônia”, disse Gaby Amarantos ao se juntar a Zaynara para cantar “Mulher da Amazônia”, música lançada neste ano pelas duas.

Zaynara, por sua vez, convidou Joelma para “Aquele Alguém”, parceria que saiu em 2024. Dona Onete mostrou seu sucesso “Jamburana” com Joelma, Gaby e Zaynara dançando o refrão, que fala das sensações causadas pelo jambu, uma planta típica da Amazônia.

O show chegou a ser interrompido por alguns minutos por causa da chuva que caiu sobre o rio Guamá. No fim, as quatro cantoras se juntaram para cantar “Banzeiro”, música de Dona Onete que celebra a natureza amazônica. “Viva a música feita na Amazônia”, encerrou Gaby Amarantos.

(Fonte: G1)