📅 Publicado em 15/09/2025 16h52✏️ Atualizado em 15/09/2025 16h57
Maria da Paz Silva Ferreira, de 73 anos, condenada a 13 anos de reclusão na última quinta-feira (11), pelo homicídio do joalheiro Edilson Pereira de Sousa, foi transferida no final da manhã desta segunda (15) para o Complexo Prisional de Marabá, onde ficará recolhida na Unidade de Custódia e Reinserção Feminina.
Horas antes, ela se apresentou na 21ª Seccional Urbana de Polícia Civil, também em Marabá, após ser considerada foragida por ter deixado o julgamento na capial sem retornar à leitura da sentença.
Em entrevista exclusiva ao Correio de Carajás, os advogados Magdenberg Soares Teixeira e Thiago Alves explicaram, nesta segunda, os procedimentos jurídicos que serão adotados após a apresentação. “Da Paz se apresentou espontaneamente, refutando a ideia de que estaria foragida. No dia em que foi ouvida (em Belém), na quinta-feira (11), ela passou mal e se apresentou no hospital, e isso foi juntado ao processo”, diz Magdenberg.
Leia mais:Segundo ele, a apresentação ocorreu logo após a melhora. O advogado destacou que os problemas de saúde da cliente são preexistentes e comprovados por documentação médica.

AUDIÊNCIA DE CUSTÓDIA
É previsto que Maria da Paz passe por uma audiência de custódia ainda hoje. “A defesa dela vai analisar os próximos passos para que sejam tomadas as medidas necessárias para restabelecer a liberdade dela. Só acentuando que isso será feito agora no juízo de cumprimento de sentença, não mais no juízo que a julgou”, explica.
Thiago Teixeira, que também atua como advogado, destacou a idade da cliente como fator relevante no acompanhamento do processo. “Temos que ter noção que temos uma pessoa com 73 anos. Temos que levar em consideração os direitos e garantias, principalmente dos idosos”, afirma.
Segundo o advogado, a defesa vai acompanhar todos os procedimentos para que Da Paz possa cumprir a pena da forma mais tranquila possível.
PROCESSO
No processo, Maria da Paz foi acusada pela Promotoria de ter articulado a atração da vítima, o vendedor de joias Edilson Pereira de Sousa, até sua residência, onde ocorreu o crime em abril de 2021. Durante a leitura da sentença, na última semana, ela não estava presente, o que levou o juízo da 1ª Vara do Tribunal do Júri de Belém a declará-la foragida.
Já na ocasião, a defesa alegou que Da Paz passou mal durante o julgamento e que teve de ser atendida em uma unidade médica em Belém. Logo após a condenação, os advogados afirmaram que ela se entregaria assim que sua condição de saúde permitisse.