Correio de Carajás

Filhos de Bolsonaro criticam condenação do pai: ‘Suprema perseguição’

Flávio diz que “o jogo não acabou, está apenas começando”

Os filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro se pronunciaram sobre a condenação do pai após decisão Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quinta-feira (11). Em publicações nas redes sociais, eles afirmaram que o ex-presidente sofreu uma “suprema perseguição” e que “querem matar Bolsonaro”, criticando a pena de 27 anos e 3 meses de prisão aplicada por envolvimento de Jair na trama golpista.

O filho do antigo chefe de Estado, senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), afirmou que “os pilares da democracia foram quebrados” com a condenação de “um inocente que ousou não se curvar a um ditador chamado Alexandre de Moraes”. As declarações foram publicadas no seu perfil no X (antigo Twitter).

Os filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro se pronunciaram sobre a condenação do pai após decisão Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quinta-feira (11). Em publicações nas redes sociais, eles afirmaram que o ex-presidente sofreu uma “suprema perseguição” e que “querem matar Bolsonaro”, criticando a pena de 27 anos e 3 meses de prisão aplicada por envolvimento de Jair na trama golpista.

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O filho do antigo chefe de Estado, senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), afirmou que “os pilares da democracia foram quebrados” com a condenação de “um inocente que ousou não se curvar a um ditador chamado Alexandre de Moraes”. As declarações foram publicadas no seu perfil no X (antigo Twitter).

“Chamam de julgamento um processo que todos já sabiam o resultado antes mesmo de ele começar. Não pelo que viria a ser produzido nos autos, mas por quem iria julgar. A isso chamam de defesa da democracia. Não, isso é defesa da supremacia”, disse, ainda.

O senador completou afirmando que “o jogo não acabou, está apenas começando” e elogiando o voto do ministro Luiz Fux, que pediu a absolvição total do ex-mandatário.

Flávio ainda teceu críticas ao voto da ministra Carmen Lúcia, que, segundo ele, “não individualizou uma conduta” e “não citou prova de absolutamente nada” contra os réus.

“A turma da farsa acusou o golpe com a aula dada por Luiz Fux, em seu voto ontem. O joguinho combinado dos 4 outros membros da 1ª Turma durante o voto de Carmem Lúcia foi simplesmente constrangedor, com direito a inédito e anti regimental aditamento do voto de Alexandre de Moraes com vídeo que, até onde sei, sequer consta dos autos”, comentou.

print de publicação de Eduardo no X criticando condenação de Jair Bolsonaro

Seu irmão, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) também repercutiu o julgamento nesta quinta-feira, mas focando em mobilizar apoiadores por uma anistia “ampla, geral e irrestrita”, que abranja fatos desde 2019, em prol do pai.

“Isso que querem fazer de redução de pena ou anistia ‘light’ apenas para o pessoal que esteve na Praça dos Três Poderes no dia 8 de janeiro, não irá resolver o problema. A perseguição do Alexandre Moraes irá continuar. Ele abriu vários inquéritos, por exemplo, a ‘Abin Paralela’ contra Alexandre Ramagem e contra o Carlos Bolsonaro (outro filho de Jair)”, declarou Eduardo.

‘Espero sanções adicionais dos Estados Unidos’, diz Eduardo

Eduardo Bolsonaro disse à Reuters que “espera sanções adicionais dos Estados Unidos contra autoridades brasileiras” após a condenação do pai.

O deputado afirmou ainda que todos os ministros que votaram a favor da condenação do ex-presidente “correm seríssimo risco” de ser sancionados pela Lei Magnitsky.

“A Lei Magnitsky é clara ao mencionar que quem presta suporte aos sancionados incorre nas mesmas punições. Quem acompanha Moraes nessa notória perseguição, votando pela condenação de Bolsonaro, seu entorno e pessoas simples envolvidas nos atos de 8 de janeiro, corre um seríssimo risco de ser sancionado também”, alertou.

Relembre quem são os réus do ‘núcleo crucial’ da trama golpista

  1. Jair Bolsonaro: ex-presidente da República;
  2. Alexandre Ramagem: ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin);
  3. Almir Garnier: ex-comandante da Marinha;
  4. Anderson Torres: ex-ministro da Justiça e ex-secretário de segurança do Distrito Federal;
  5. Augusto Heleno: ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI);
  6. Paulo Sérgio Nogueira: ex-ministro da Defesa;
  7. Walter Braga Netto: ex-ministro de Bolsonaro e candidato a vice na chapa de 2022;
  8. Mauro Cid: ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

O que está em julgamento?

O STF julga a ação penal 2668, que trata da denúncia oferecida pela PGR. São acusados 31 réus, divididos em quatro núcleos:

  • Núcleo 1: envolve oito réus, incluindo Bolsonaro, e é considerado o núcleo “central” ou “crucial” da articulação golpista.
  • Núcleo 2: conta com seis réus que são acusados de disseminar informações falsas e ataques a instituições democráticas.
  • Núcleo 3: é formado por dez réus associados a ataques ao sistema eleitoral e à preparação da ruptura institucional.
  • Núcleo 4: sete réus serão julgados por propagação de desinformação e incitação de ataques às instituições.

(Fonte: Diário do Nordeste)