Correio de Carajás

Justiça estabelece R$  22,7 mil de fiança para suspeita de vender cigarros eletrônicos para adolescentes

Jefone poderá responder ao processo em liberdade, caso recolha mais de R$ 20 mil em fiança / Foto: Ronaldo Modesto
Por: Theíza Cristhine com informações de Ronaldo Modesto
✏️ Atualizado em 10/09/2025 20h03

Jefone Pereira da Silva Santos, de 21 anos, foi autuada em flagrante por contrabando e por vender produtos que causem dependência a crianças e adolescentes, crime estabelecido no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), após ser flagrada com cigarros eletrônicas na tarde de terça-feira (9), em Parauapebas.
Apesar do pedido feito pela Polícia Civil, nesta quarta (10) a prisão em flagrante não foi convertida em preventiva. Em audiência de custódia, a Justiça concedeu liberdade provisória à acusada mediante recolhimento de fiança fixada em 15 salários mínimos, que somam R$  22.770,00. O valor deverá ser depositado em conta judicial vinculada ao processo.

PRISÃO

A investigação começou após a denúncia do pai de uma adolescente de 14 anos. Desconfiado do comportamento da filha, o homem tomou o celular da jovem e descobriu mensagens que confirmavam a negociação do produto. Ele então decidiu acompanhar o encontro marcado e acionou a Guarda Municipal no momento da entrega.
Os guardas surpreenderam o entregador, um motorista de aplicativo, que se prontificou a levar a guarnição até o local onde buscava os produtos. Ao chegar ao endereço, os agentes encontraram Jefone tentando se desfazer de parte do material, arremessando cigarros eletrônicos por cima de um muro.

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MATERIAL APREENDIDO

Com a suspeita, foram apreendidos 112 cigarros eletrônicos, que eram vendidos cada um a R$ 120. Segundo as investigações, a mercadoria era repassada dentro de escolas, prática que indignou os pais da adolescente envolvida. “É uma situação muito constrangedora. A gente coloca em um colégio caro esperando ter mais segurança, o que não aconteceu. Os traficantes estão se infiltrando dentro do colégio”, desabafou o pai da jovem ao Correio de Carajás.

Foram apreendidos 112 cigarros eletrônicos pela Guarda Municipal / Foto: Divulgação

O motorista de aplicativo e uma parente da investigada foram conduzidos à Delegacia de Polícia Civil para prestar esclarecimentos e foram liberados em seguida.

EQUIPAMENTOS PROIBIDOS

A autuação por contrabando ocorreu porque dispositivos eletrônicos para fumar, também conhecidos como cigarros eletrônicos, são proibidos no Brasil. Uma norma da Anvisa proíbe a fabricação, a importação, a comercialização, a distribuição, o armazenamento, o transporte e a propaganda de todos os dispositivos eletrônicos para fumar.