Correio de Carajás

Moradores do Tiradentes sofrem na lama e esgoto

O ar ficou irrespirável na Rua Ranieri Santana, devido ao esgoto que sai das fossas e toma conta da via. Comunidade já não sabe mais a quem recorrer.

A água com dejetos está tomando conta da rua Ranieri Santana, no Tiradentes/ Fotos: Evangelista Rocha
Por: Chagas Filho

Desde o início deste ano, a reportagem deste CORREIO já foi três vezes à Rua Ranieri Santana, no Residencial Tiradentes, a pedido dos moradores da área. Eles já não sabem mais o que fazer por conta da lama de esgoto que toma conta do logradouro, sem que nenhuma providência seja tomada.

A própria rua onde vivem se tornou insalubre para eles, que são obrigados ficar confinados dentro de casa. A pior situação é das crianças, que não podem nem brincar na calçada devido ao mau cheiro e o risco de contaminação.

Uma das moradoras da área, Elizete Silva se diz indignada com a classe política, que não resolve o problema. “Do jeito que vêm em nossas portas bater, pedir voto, venha também ajudar a população, porque a população está precisando é de ajuda”, desabafa.

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Elizete Silva desabafa: “A população está precisando é de ajuda”

O serralheiro Nilberto Aguiar também demonstrou sua indignação. “Eu diria que eles olhassem mais pra gente, porque aqui tá ficando feio; no inverno aqui essas ruas ficam intrafegáveis, tudo cheio de lama”, observa.

Nilberto explica ainda que o problema é que não existe uma rede de esgoto com manilhas, mas apenas uma fina tubulação de 100mm, que não consegue dar vazão aos dejetos, por isso a situação nunca se resolve. Para ele, a única saída seria colocar uma manilha para dar conta dessa situação.

Fernanda Torres, outra moradora da localidade, confirma que o esgoto está sendo jogado no meio da rua. “Aqui as crianças não podem brincar na rua, porque é esgoto puro; é fedida essa lama. A gente pede providência”, reafirma.

Fernanda: “As crianças não podem brincar na rua, é esgoto puro”

A Rua Ranieri Santana talvez seja a mais emblemática, quando o problema é céu aberto, mas certamente não é a única do Residencial Tiradentes, que está nessa situação.

O CORREIO solicitou uma resposta da Secretaria Municipal de Comunicação (Secom), mas até o fechamento desta reportagem não recebemos retorno algum.