Correio de Carajás

Repórter Correio

Caso Flávia Alves

Willian Araújo Sousa, acusado pela morte da tatuadora Flávia Alves Bezerra, voltou a ser representado pela advogada Cristina Alves Longo. A advogada não apenas reassumiu a representação exclusiva do réu, mas também confirmou o que já havia prometido, antes, que vai solicitar o desaforamento do processo para transferir o júri de Marabá para outra comarca. Esta decisão marca um novo capítulo em um dos casos criminais mais acompanhados da região, prometendo alterar completamente os rumos do julgamento.

Caso Flávia Alves II

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O processo já enfrentou turbulências consideráveis, especialmente durante o julgamento iniciado em agosto, que foi interrompido por tensões entre a defesa e a magistratura. Os conflitos culminaram com a saída da advogada do plenário e sua posterior destituição pela juíza presidente, gerando reação imediata da OAB local, que aludiu violações às prerrogativas profissionais. O crime que originou toda essa complexidade judicial chocou a comunidade: o desaparecimento de Flávia em abril de 2024 e a descoberta de seu corpo dez dias depois, em área remota entre Jacundá e Nova Ipixuna, evidenciando a brutalidade do ato.

No foco

Com múltiplas acusações contra o réu – incluindo feminicídio, ocultação de cadáver e fraude processual – o caso se tornou um símbolo da luta por justiça na região. O pedido de mudança de foro será analisado pelo Tribunal de Justiça do Pará, podendo prolongar ainda mais a espera das famílias por uma resolução definitiva, enquanto a comunidade aguarda que a justiça seja feita de forma imparcial e conclusiva.

Novo inquilino

O prédio onde até bem pouco tempo atrás funcionava uma agência do banco Itaú, na Folha 32 da Nova Marabá, já tem novo inquilino. Será uma agência da Crefisa. A identidade visual já está no lugar e o prédio recebe últimos ajustes.

Petróleo

O juiz titular da 9ª Vara Federal Ambiental e Agrária do Pará, José Airton de Aguiar Portela, rejeitou nesta segunda-feira (1º) os pedidos de liminar apresentados pelo Ministério Público Federal (MPF) para suspender o processo de concessão de 47 blocos de petróleo e gás na Bacia da Foz do Amazonas. A ação buscava condicionar a oferta à realização de estudos ambientais e consulta a povos tradicionais da região.

Petróleo II

A decisão tem repercussão direta não apenas no Pará, mas também nos estados do Amapá, Maranhão, Piauí, Ceará e Rio Grande do Norte, todos localizados na chamada Margem Equatorial. Segundo o plano de negócios da Petrobras para o período de 2025 a 2029, estão previstos US$ 3 bilhões em investimentos na área, o que corresponde a 38% do total de US$ 7,9 bilhões que a empresa pretende aplicar em exploração de petróleo no país.

Força Nacional

O Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) autorizou o emprego da Força Nacional de Segurança Pública nas terras indígenas nos municípios de Tapauá e Lábrea, no interior do Amazonas, em apoio à Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai). A autorização foi publicada em portaria no Diário Oficial União desta segunda-feira (1º) com validade por 90 dias.

Força Nacional II

A atuação dos militares tem o objetivo de garantir a continuidade de atividades consideradas essenciais para o funcionamento da sociedade dos dois municípios amazonenses; a preservação da ordem pública e da segurança física de pessoas, além da proteção de bens, sejam eles públicos ou privados. A Força Nacional atuará em articulação com os órgãos de segurança pública do Amazonas e da União.

Assustador

Casos de dengue e chikungunya registrados no Brasil entre 2015 e 2024 custaram ao sistema de saúde brasileiro um montante de R$ 1,2 bilhão. O cálculo foi feito com base na pesquisa Hospitalização, mortalidade e anos de vida perdidos entre casos de chikungunya e dengue no Brasil: um estudo de corte nacional, publicada na revista científica The Lancet Regional Health.

Assustador II

Os pesquisadores compilaram 1.125.209 casos de chikungunya, dos quais 21.336 (1,9%) necessitaram de hospitalizações; e 13.741.408 ocorrências de dengue, sendo que 455.899 (3,3%) resultaram em internações. Considerando a média de custo de internações em hospitais brasileiros, a consultoria especializada em gestão de saúde e custos hospitalares Planisa estimou que as hospitalizações custaram, ao longo de todo o período, R$ 1,2 bilhão, sendo R$ 1,15 bilhão por dengue e R$ 56,6 milhões por chikungunya.