Crime de grande repercussão em Marabá, o assassinato de Flávia Alves mobiliza a população há mais de um ano. Na manhã desta quinta-feira (7), data em que tem início o julgamento de Willian Sousa, acusado de matar a jovem em abril de 2024, o Fórum de Marabá ficou lotado. Desde as 7h30, familiares e amigos de Flávia, estudantes de Direito e moradores da cidade já aguardavam do lado de fora a abertura do salão do júri.
Com todas as cadeiras ocupadas, incluindo também a presença de amigos e familiares do réu, a juíza Alessandra Rocha autorizou que o público restante assistisse à sessão de pé. Para isso, determinou regras: é proibido fazer imagens ou vídeos dentro do tribunal, com exceção da imprensa, previamente credenciada.
O Correio de Carajás acompanha o julgamento em tempo real pelo Instagram. Nos comentários das publicações, internautas relatam dificuldade para acessar a transmissão online, que apresenta instabilidade devido ao alto número de acessos. Centenas de pessoas acompanham a cobertura e reforçam pedidos por justiça em nome de Flávia.
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Flávia Alves desapareceu na madrugada de 15 de abril de 2024, após sair de um bar no Núcleo Nova Marabá. Ela foi vista pela última vez entrando no carro de Willian Sousa, colega de profissão e, segundo a família, obcecado por ela. O desaparecimento foi registrado dois dias depois, em 17 de abril, dando início às investigações da Polícia Civil.
Em 25 de abril, a Operação Anástasis foi deflagrada com apoio de equipes dos núcleos de investigação de Marabá e Tucuruí. No mesmo dia, Willian e a esposa, Deidyelle de Oliveira Alves, foram presos. A identificação dos suspeitos foi possível por meio da análise de câmeras de segurança, perícia no carro do acusado e outros recursos técnicos. Ainda na noite do dia 25, o corpo de Flávia foi encontrado em uma cova rasa, na zona rural entre Jacundá e Nova Ipixuna, a cerca de 100 km de Marabá. O laudo do Instituto Médico Legal confirmou que a jovem foi morta por estrangulamento. (Luciana Araújo)