Correio de Carajás

Paraense é morto durante ação policial em área de garimpo no Amapá

Por: Luiz Carlos Silva – freelancer

Está prevista para a madrugada desta quarta-feira (23) a chegada do corpo de Léo Jaime Alves de Sousa, de 32 anos, à residência da família em São Domingos do Araguaia. Léo Jaime morreu durante uma ação policial em área de garimpo ilegal na zona rural do município de Calçoene, no distrito de Lourenço, distante cerca de 450 km da capital Macapá, no Amapá.

Segundo apuração, policiais do Batalhão de Operações Especiais (BOP) se dirigiram à área do garimpo em busca de Eusébio da Abolição Souza Sena, principal suspeito pela morte do idoso Juarez Alves da Silva, de 88 anos, ocorrida no dia 6 de julho naquela região.

De acordo com sites locais, Eusébio Sena teria discutido com a companheira, que procurou um lugar para se refugiar e escapar das agressões. Ele, porém, foi até a casa do idoso achando que a mulher estava lá. Quando Juarez disse não saber onde ela estava, Eusébio, então com uma espingarda em punho, teria disparado um único tiro que atingiu a face de Juarez, que morreu no local. Depois disso, Eusébio passou a ser procurado.

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Durante os trabalhos de investigação, as autoridades descobriram onde Eusébio estaria escondido e foram em busca do criminoso. Léo Jaime era líder da área do garimpo e havia prestado serviços para o suspeito, que se dirigiu para lá em busca de fuga.

No último sábado (19), os policiais chegaram ao paradeiro do foragido que, segundo os militares, ao avistar a guarnição, teria se armado e disparado contra os agentes, que revidaram. Eusébio e Léo Jaime foram atingidos e morreram no local. Duas espingardas e doze munições foram apreendidas no acampamento, sendo que uma delas teria sido a arma utilizada para matar o idoso.

Repercussão

Na casa da família de Léo Jaime, em São Domingos, um tio conversou com a reportagem e disse que os policiais agiram com extrema violência: “Meu sobrinho não tinha nada a ver com o caso. Eles simplesmente chegaram lá e já foram atirando. Ele (Léo) só tinha prestado serviço para o foragido e acabou morrendo como inocente”, declarou Clebson Sousa Alves.

Ainda de acordo com o tio, uma terceira pessoa que estava no acampamento só conseguiu sair com vida porque correu e se escondeu na mata. Clebson Sousa informou ainda que Léo Jaime atuava na área garimpeira desde os 12 anos e tinha sua vida estabilizada financeiramente.

O velório de Léo Jaime será na casa da família, localizada na avenida Duque de Caxias, no bairro Braga, e seu sepultamento ocorrerá nesta quarta-feira no cemitério local.