O Centro de Recuperação Agrícola Mariano Antunes (CRAMA), em Marabá, parece mais um queijo suíço de tantos buracos que têm. Somente este ano, já ocorreram três fugas daquela cadeia pública que, com mais de 600 presos, está superlotada, pois sua capacidade original projetada é de apenas 180. E, no final da tarde domingo (18), outra fuga se registrou na penitenciária. Mas desta vez foram até poucos os fujões: apenas três, número pequeno comparado às outras fugas.
Os foragidos em questão são Cleiton Ferreira Moreira, Lucas Brasil dos Santos e Leonardo Lira Miranda. De acordo com o Boletim de Ocorrência Policial lavrado sobre a fuga do trio, eles escaparam da cadeia por volta das 18h20, da área do semiaberto, onde não há nenhuma guarita de vigilância, o que facilita a fuga, segundo relato feito pelo próprio agente prisional que registrou a fuga na 21ª Seccional Urbana de Polícia Civil em Marabá.
#ANUNCIO
Leia mais:O jornal Correio enviou e-mail ontem (19) à Assessoria de Comunicação da Superintendência do Sistema Penal do Pará (SUSIPE-PA), questionando essa situação no CRAMA. A Ascom sempre tem respondido com transparência e celeridade as demandas do jornal, mas desta vez não houve resposta alguma, pelo menos até às 19h30 de ontem.
A primeira fuga do ano no CRAMA, registrada pelo Jornal Correio, foi em 30 de janeiro. Naquela ocasião, 10 detentos conseguiram fugir. No dia 6 de fevereiro desapareceu misteriosamente de lá; e no dia 4 deste mês, nada menos de 14 presidiários escaparam do CRAMA por um túnel. Desse total de 25 foragidos, mais da metade ainda continua à solta.
Para se ter uma ideia do quanto o problema é sério e se desdobra em outras ações de criminalidade, um dos detentos foragidos na última fuga, que foi recapturado, já cometeu um assassinato em Parauapebas logo depois de fugir. Ou seja, se o sistema penitenciário tivesse conseguido manter o presidiário dentro de suas alcovas, uma vida poderia ter sido poupada.
Saiba Mais
Entre os foragidos desta vez, Cleiton Ferreira Moreira cumpria pena por assalto a mão armada na cidade de Parauapebas; Lucas Brasil dos Santos cumpria pena por furto qualificado e era denunciado também por furto, roubo e receptação; e Leonardo Lira Miranda cumpra pena por assalto a mão armada, mas também responde por homicídio.
(Chagas Filho)
Foto: Evangelista Rocha/Arquivo
O Centro de Recuperação Agrícola Mariano Antunes (CRAMA), em Marabá, parece mais um queijo suíço de tantos buracos que têm. Somente este ano, já ocorreram três fugas daquela cadeia pública que, com mais de 600 presos, está superlotada, pois sua capacidade original projetada é de apenas 180. E, no final da tarde domingo (18), outra fuga se registrou na penitenciária. Mas desta vez foram até poucos os fujões: apenas três, número pequeno comparado às outras fugas.
Os foragidos em questão são Cleiton Ferreira Moreira, Lucas Brasil dos Santos e Leonardo Lira Miranda. De acordo com o Boletim de Ocorrência Policial lavrado sobre a fuga do trio, eles escaparam da cadeia por volta das 18h20, da área do semiaberto, onde não há nenhuma guarita de vigilância, o que facilita a fuga, segundo relato feito pelo próprio agente prisional que registrou a fuga na 21ª Seccional Urbana de Polícia Civil em Marabá.
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O jornal Correio enviou e-mail ontem (19) à Assessoria de Comunicação da Superintendência do Sistema Penal do Pará (SUSIPE-PA), questionando essa situação no CRAMA. A Ascom sempre tem respondido com transparência e celeridade as demandas do jornal, mas desta vez não houve resposta alguma, pelo menos até às 19h30 de ontem.
A primeira fuga do ano no CRAMA, registrada pelo Jornal Correio, foi em 30 de janeiro. Naquela ocasião, 10 detentos conseguiram fugir. No dia 6 de fevereiro desapareceu misteriosamente de lá; e no dia 4 deste mês, nada menos de 14 presidiários escaparam do CRAMA por um túnel. Desse total de 25 foragidos, mais da metade ainda continua à solta.
Para se ter uma ideia do quanto o problema é sério e se desdobra em outras ações de criminalidade, um dos detentos foragidos na última fuga, que foi recapturado, já cometeu um assassinato em Parauapebas logo depois de fugir. Ou seja, se o sistema penitenciário tivesse conseguido manter o presidiário dentro de suas alcovas, uma vida poderia ter sido poupada.
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Entre os foragidos desta vez, Cleiton Ferreira Moreira cumpria pena por assalto a mão armada na cidade de Parauapebas; Lucas Brasil dos Santos cumpria pena por furto qualificado e era denunciado também por furto, roubo e receptação; e Leonardo Lira Miranda cumpra pena por assalto a mão armada, mas também responde por homicídio.
(Chagas Filho)
Foto: Evangelista Rocha/Arquivo