📅 Publicado em 09/07/2025 22h04✏️ Atualizado em 10/07/2025 15h02
A Polícia Civil apreendeu cerca de 40 quilos de entorpecentes em uma casa abandonada em Parauapebas, na tarde desta quarta-feira (9), durante a segunda fase da Operação Sétimo Selo. A ação, que investiga o tráfico de drogas ligado a facções criminosas na região, também resultou na prisão de três suspeitos de integrar uma célula do Primeiro Comando da Capital (PCC).
Durante a operação, agentes da 16ª Superintendência Regional do Carajás e da 20ª Seccional Urbana localizaram cocaína, crack e maconha escondidos dentro do imóvel abandonado e enterrados em tonéis plásticos no terreno. O local funcionava como um sofisticado depósito do tráfico, equipado com sistema de câmeras de monitoramento, evidenciando o alto nível de organização dos criminosos.
As investigações revelaram que as drogas têm origem no Estado de Goiás e chegavam a Parauapebas por meio de ônibus de linha interestadual. Para burlar a fiscalização, os entorpecentes eram transportados escondidos em caixas de brinquedos, bolas e bicicletas infantis, demonstrando a criatividade dos traficantes para driblar as autoridades.
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Prisões antecederam grande apreensão
Horas antes da descoberta do depósito com 40 quilos de drogas, a Polícia Civil havia prendido três suspeitos de integrar a rede criminosa: Arthur de Sousa de Oliveira, Fernanda Rodrigues Teles de Menezes Lima e Jorge Luiz Portela de Sousa. Os mandados de prisão preventiva e busca domiciliar foram expedidos pela Justiça com base em provas colhidas durante inquérito policial.
Durante o cumprimento das ordens judiciais, os agentes apreenderam 17 porções de maconha (114g), uma barra de maconha prensada (342g), 160g de cocaína e 870g de crack. Também foram encontradas três balanças de precisão e um revólver calibre .38 com cinco munições intactas.
Arthur foi capturado no Bairro Parque dos Carajás II, Fernanda no Bairro Nova Carajás, e Jorge no Bloco 25 do Bairro Alto Bonito, onde estava o material ilícito. Os três foram conduzidos à Delegacia de Polícia Civil de Parauapebas e permanecem à disposição da Justiça.
Investigação em desenvolvimento
As investigações que culminaram na operação tiveram início após prisões anteriores de Carlos Alberto da Silva Fernandes Filho e do próprio Arthur. A partir desses procedimentos, a Polícia Civil reuniu elementos que comprovam o envolvimento dos suspeitos com o tráfico de drogas e armas, além da ligação com organização criminosa.
A Polícia Civil acredita que todo o material apreendido pertence a uma célula do PCC, facção com atuação conhecida em diversos estados brasileiros. A apreensão representa um golpe significativo na logística do tráfico local e nas atividades da organização criminosa na região.
Continuidade das ações
Todo o material entorpecente foi encaminhado para análise pericial. As diligências prosseguem com foco na identificação de outros envolvidos na rede criminosa responsável pelo transporte, armazenamento e distribuição das drogas em Parauapebas e municípios vizinhos.
O superintendente da 16ª Regional, delegado João Abel Barbosa, enfatizou que a operação integra um trabalho contínuo de inteligência policial.
“A Operação Sétimo Selo reforça o compromisso da Polícia Civil do Pará em desarticular facções criminosas e combater de forma firme o tráfico de drogas e armas. Outras etapas estão previstas. Nosso objetivo é enfraquecer cada vez mais a atuação desses grupos no sudeste do Estado”, declarou o delegado.
A operação é conduzida pela 16ª Superintendência Regional de Carajás em parceria com a 20ª Seccional Urbana de Polícia Civil, demonstrando a integração entre as unidades policiais no combate ao crime organizado. (Fonte: Polícia Civil do Pará)
Imagens: Divulgação/Polícia Civil