Correio de Carajás

Mãe diz que filho agiu em legítima defesa ao tirar a vida do irmão

Mãe afirma que Maxwel (à esq.) estava sendo atacado por Edson (dir.)/ Fotos: Divulgação

Uma tragédia familiar abalou a cidade de Jacundá, no sudeste do Pará, na madrugada de domingo (29), quando Edson Ferreira Gomes foi morto com um golpe de faca após uma violenta briga com o próprio irmão, Maxswel Gomes Lima. O caso ganhou grande repercussão nas redes sociais, onde Maxswel foi acusado de assassinato. No entanto, a mãe dos dois, Izabel Ferreira Gomes, que presenciou o conflito, saiu em defesa do filho que está preso.

“Meu filho não é um assassino como estão dizendo nas redes sociais. Naquela noite eu iria perder um ou outro”, desabafou a mãe, visivelmente abalada, em entrevista ao Correio de Carajás. Ela relatou que na madrugada do crime estava trabalhando quando um vigilante da Praça Municipal chegou à sua casa com Maxswel. O rapaz teria pedido ajuda para se livrar de Edson, que estaria tentando enforcá-lo.

Ainda segundo Izabel, Edson apareceu logo depois e partiu para cima do irmão, agarrando-o pelo pescoço. Ela tentou separar os dois, mas a briga continuou. Ambos caíram em uma bueira durante o confronto. Maxswel conseguiu se desvencilhar e correu para dentro de casa, onde pegou uma faca de mesa com a intenção de assustar Edson e fazê-lo parar com as agressões.

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“Ele só queria que o Edson largasse o pescoço dele. Em momento algum ele quis tirar a vida do irmão”, contou Izabel. Apesar das tentativas de separação, Edson teria continuado as investidas e, na segunda tentativa de defesa, Maxswel acabou atingindo o irmão com um golpe de faca.

Edson ainda foi socorrido ao Hospital Municipal de Jacundá, mas não resistiu ao ferimento e morreu.

Para a mãe, o caso foi uma tragédia que destruiu a família. “Meu filho não é um assassino. Ele só queria se defender. Eu vi tudo e tentei impedir. Infelizmente aconteceu essa desgraça”, lamentou.

Após o ocorrido, Maxswel foi preso por uma guarnição da Polícia Militar e encaminhado à Delegacia de Polícia Civil, que agora investiga as circunstâncias e a motivação do crime.

(Antonio Barroso – Freelancer)