O Sistema Único de Saúde (SUS) incluirá o DIU hormonal como uma nova opção de tratamento para pacientes com endometriose. Com a decisão autorizada pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec) e publicada no Diário Oficial da União no fim de maio, o método deve estar acessível na rede pública em até 180 dias, conforme o prazo legal estabelecido para a adoção de novos tratamentos e medicamentos.
Segundo a portaria, o dispositivo intrauterino que libera o hormônio levonorgestrel será destinado principalmente a mulheres que não podem tomar anticoncepcionais combinados ou que não tiveram resultados satisfatórios com essa abordagem, conforme Protocolo Clínico do Ministério da Saúde.
Como o DIU hormonal age nos sintomas da endometriose?
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Com incidência de cerca de 10% das brasileiras em idade fértil, segundo dados do Ministério da Saúde, a endometriose ocorre quando o endométrio – tecido de glândulas que reveste a cavidade uterina – começa a crescer fora do útero, causando dor, inflamação e, em certos casos, dificuldade para engravidar.
De acordo com o ginecologista Rodrigo Fernandes, o tratamento clínico para esse quadro consiste em bloquear o estrogênio, agente estimulador da endometriose, produzido no ovário. “Então, a ideia é que a gente bloqueie o ciclo hormonal e a melhor forma é com uso de hormônio”, explica. Diante disso, a função do DIU hormonal é justamente reduzir os impactos do estrogênio, amenizando os sintomas da condição.
Além disso, o médico afirma que, associado ao método hormonal para o bloqueio ovariano, o tratamento para a condição deve ser acompanhado pela mudança na qualidade de vida, com uma alimentação anti-inflamatória, com mais produtos naturais e menos industrializados. “Os exercícios físicos também são superimportantes, além de um sono adequado”, complementa Fernandes, ressaltando que, caso o tratamento não dê resultados, pode ser indicada a realização de cirurgia.
(Fonte:G1/ Crescer)