Correio de Carajás

Prefeitura deve R$ 111 mil ao Hospital Santa Terezinha

O Santa Terezinha atendeu mais de 80 pacientes do HMI, mas ainda não recebeu por isso

Embora tenha o costume de atribuir dívidas e outros problemas do município à gestão passada, como se não tivesse responsabilidade sobre isso, o prefeito de Marabá, Toni Cunha, tem agora uma conta pra chamar de sua. Sob sua gestão, a prefeitura acumula uma dívida de R$ 111 mil com o Hospital Santa Terezinha.

O assunto foi trazido à tona pelo administrador do Hospital Santa Terezinha, Fernando Marculino Guimarães Júnior, durante reunião na Comissão de Saúde da Câmara Municipal de Marabá (CMM).

Fernando Marculino lembrou que o Santa Terezinha socorreu o Hospital Materno Infantil (HMI) de Marabá, acolhendo 84 bebês e, até o momento, ainda não foi realizado pagamento, e hoje o débito da prefeitura é de R$ 111 mil.

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“Atendemos o município por precisar de demanda, por não ter leito. Atendemos 84 pacientes do Materno Infantil, com a requisição do prefeito. E nós não recusamos em atender esta demanda. Passamos duas semanas atendendo os pacientes lá”, reafirma.

PREFEITURA SE DEFENDE

Procurada por este CORREIO, a Secretaria de Comunicação da Prefeitura informou que o processo está em tramitação na Controladoria Geral do Município (Congem), daí será feita toda a tratativa normal de pagamento. “Não há qualquer atraso na tramitação ou nos controles internos do processo de pagamento”, afirma a Secom.

Por telefone, o secretário municipal de Saúde, Webert Ribeiro Carvalho, informou à Secom que o prefeito está ciente da dívida, mas a questão burocrática de análise de processos precisa acontecer. “A gente fica de mãos atadas em relação a isso”, resumiu o secretário.

Por outro lado, a Prefeitura de Marabá tem conseguido vencer esses entraves burocráticos em outras áreas, como a contratação de show milionário para o aniversário da cidade e aquisição de carro blindado para uso exclusivo do prefeito Toni Cunha. Mas na questão da Saúde, não se tem visto essa celeridade toda.

(Chagas Filho)