Correio de Carajás

Professores rejeitam proposta de Toni e começam greve hoje

Trabalhadores viram fala do prefeito como “enrolação” e ameaça

Reunidos na noite de ontem, trabalhadores da Educação rejeitaram proposta/ Foto: Evangelista Rocha

Após quase duas horas de reunião com representantes dos trabalhadores da Educação, o prefeito de Marabá, Toni Cunha, prometeu reajuste de R$ 100,00 no Vale-Alimentação, mas disse que só poderia confirmar isso oficialmente na próxima segunda-feira (5). Em relação ao reajuste salarial, ele também disse que só pode anunciar o percentual de reajuste com o mês de abril finalizado. Falou, ainda, que se houvesse greve, iria considerar encerradas as negociações.

Diante dessa postura vista como prepotente e arrogante do gestor; e também diante da proposta considerada irrisória e desprovida de qualquer garantia, os servidores decidiram entrar em greve a partir desta terça-feira (29). A primeira atividade do movimento paredista será participar da sessão da Câmara Municipal de Marabá (CMM) nesta terça.

Nesta quarta-feira (23) as escolas da rede municipal de Marabá amanheceram vazias de alunos, devido a uma paralisação, para uma reunião que acontece nesta tarde, entre os profissionais da Educação e o prefeito Toni Cunha. Eles vão debater as reivindicações da categoria. Dependendo da proposta apresentada pelo Executivo Municipal, os professores poderão anunciar uma greve hoje mesmo.

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Entenda

Os representantes do Sindicato dos Trabalhadores na Educação Pública do Pará (Sintepp), Subseção Marabá, já haviam sentado com os enviados do governo municipal na semana anterior, quando o prefeito Toni Cunha não compareceu, alegando compromisso fora da cidade. O encontro terminou com a promessa de uma nova rodada com a participação do prefeito nesta segunda-feira (28).

Segundo Tatiana Alves, coordenadora do sindicato, os professores já estariam convocados em assembleia para o mesmo dia e local, na porta da Sevop, para que tão logo a Prefeitura colocasse as propostas na mesa, a categoria pudesse deflagrar greve ou, do contrário, aceitar o acordo.

Ainda de acordo com a sindicalista, os profissionais da Educação têm motivos de sobras para entrar em greve, pois a prefeitura tem um débito muito grande com esses trabalhadores. Isso inclui as gestões anteriores e a atual gestão também.

Inclusive, um ponto que deve gerar embates é o pagamento do piso salarial do magistério, que foi prometido pelo prefeito Toni Cunha quando ele ainda era candidato a prefeito. Na ocasião, ele declarou: “Piso não se discute. Piso se paga”. Mas, depois de eleito, ele nem discutiu e muito menos pagou.

(Chagas Filho)