Alex Sebastião Ferreira de Melo e o proprietário de uma fazenda localizada na Vicinal Querubino, no km 16 da BR-230, vieram até o Grupo Correio de Comunicação para esclarecer sobre o caso do roubo de gado na fazenda. Conforme divulgado por este CORREIO no sábado (12), uma equipe do 1º Batalhão de Polícia Rural (1º BPR) efetuou a prisão de Elias da Conceição de Aquino que trabalhava no local como vaqueiro, no entanto, ele apontou aos policiais o nome de Alex como comparsa, mas não foi isso que aconteceu.
Nesta segunda-feira, a verdade veio à tona: Alex, trabalhador rural conhecido na região de Itupiranga, é inocente da acusação e foi liberado, após prestar depoimento à polícia.
FALSA ACUSAÇÃO
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De acordo com o proprietário da fazenda, que pediu que o seu nome seja preservado, o furto ocorreu de forma gradual, e resultou na subtração de 106 cabeças de gado. “Devido eu residir em Belém foi furtado lentamente o rebanho”, disse. Segundo ele, a percepção da falta do gado se deu no início de abril, quando o então gerente da fazenda, Elias da Conceição de Aquino, constatou o sumiço do rebanho. Para se livrar da culpa, Elias, sem apresentar provas, acusou Alex, que havia prestado serviços no local no passado.
A acusação foi suficiente para mobilizar a polícia, que, prendeu Alex em Itupiranga. Levado a depor, o homem colaborou com as autoridades, entregou o celular para perícia e negou qualquer envolvimento.
Investigações preliminares revelaram que não havia qualquer movimentação suspeita em suas contas bancárias ou ligações que o ligassem ao furto.

EM LIBERDADE
Em entrevista para este CORREIO, Alex Sebastião Ferreira de Melo afirmou que a acusação foi infundada e revelou não saber o porquê do homem ter citado o seu nome aos policiais. “Eu trabalhei com ele uns 10 a 15 dias, mostrando a fazenda. Foi uma surpresa”, desabafa.
Ele também contou a dinâmica do dia da prisão e afirmou não ter nada a ver com o caso, fato comprovado por sua liberdade. “Entreguei meu celular para eles, e não acharam nada”.
O dono da fazenda, também reconheceu o erro. “Ao ouvir o inquérito vimos que realmente o Alex não teve nada a ver com isso”, explicou. Ele ainda informou que as investigações apontaram que Elias movimentou cerca de R$120 mil reais, sendo comprovada a autoria do crime. “Para um peão que ganha um salário mínimo ter esse movimento é alto”.
(Milla Andrade e Luciana Araújo)