“Posição do Poder Legislativo: o prefeito pode e deve continuar fornecendo o café da manhã, o almoço e até sugerimos que ele forneça também o jantar para os garis, que têm um trabalho tão desgastante, tão insalubre. Acho que é justo e merecedor. E de antemão eu falo: não há necessidade nenhuma de autorização da Câmara Municipal”.
As palavras acima são do vereador Márcio do São Félix, presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), da Câmara Municipal de Marabá (CMM). É uma resposta do vereador a uma estranha publicação do prefeito Toni Cunha em sua rede social, onde acusa os vereadores de oposição de travar um projeto para pagamento de café da manhã para os trabalhadores da limpeza pública.
Chama atenção o fato de que no início do ano o prefeito determinou a suspensão das marmitas dos garis sem pedir autorização para a Câmara, mas acabou recuando da decisão. “Não há por que suspender café da manhã. Ele tentou suspender as marmitas, mas viu que deu errado e teve que voltar”, relembra Márcio.
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O vereador diz mais: “Talvez ele agora queira tirar o café da manhã também e está querendo criar esse argumento pra achar um culpado e não assumir o posicionamento dele de querer tirar esse direito dos servidores públicos. Essa é a opinião da Comissão de Constituição e Justiça”.
Para o vereador, não resta dúvida que o prefeito está tentando jogar a opinião pública contra os vereadores, atribuindo à Câmara um dever que é da competência da prefeitura.
REAJUSTE DOS SERVIDORES
Márcio do São Félix disse ainda que a Câmara está esperando mesmo é que Toni Cunha envie para a CMM o pedido de reajuste de salário do servidor público e quem sabe até o pagamento do piso salarial dos professores. “Ao invés dele tratar desse assunto, que eu acho que é de extrema importância, ele (Toni Cunha) fica criando esses atalhos para desviar atenção da opinião pública”, critica.
Ainda de acordo com o vereador, a prefeitura deveria se preocupar também em dar uma resposta à população que está aguardando é resolução para transporte público, pois não foi feito nenhum movimento para solucionar o problema.
(Chagas Filho)