Nesta sexta-feira (14), a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) de Marabá completa 27 anos de atuação. Para celebrar a ocasião, uma grande festa foi realizorganizada em dois momentos do dia, o primeiro pela manhã e o segundo à tarde.
Com músicas regionais – especialmente da cantora Joelma -, um belíssimo bolo e outras guloseimas, alunos, familiares e funcionários da instituição personificaram sentimentos que exalam em cada corredor da instituição: alegria, amizade e generosidade. Para arrematar o momento de comemoração, o Moto Clube Marabá Forasteiros fez uma entrada triunfal no prédio localizado no Bairro Novo Horizonte. A apresentação arrancou gritos divertidos de todos os presentes, principalmente dos alunos.
Mas não é apenas o aniversário da instituição que é celebrado por todos. No momento atual, a APAE avança um capítulo importante de sua história ao adquirir um terreno vizinho, onde será construído o segundo prédio da organização.
Leia mais:A novidade foi divulgada nesta sexta e a iniciativa visa atender à crescente demanda por assistência a pessoas com deficiência em Marabá, já que cerca de 400 pessoas aguardam na lista de espera da instituição. Segundo a diretora Maria do Socorro Cavalcante, que está na gestão há 25 anos, o novo prédio terá três andares e será viabilizado por meio de doações e parcerias. “Hoje é um sonho que não é mais um pesadelo, é uma luta constante para iniciarmos a construção”, destaca.
O projeto de ampliação já tem terreno definido e planta arquitetônica aprovada, e a captação de recursos está em andamento. “Quem tem milhões de amigos pode conseguir R$ 3 milhões, R$ 4 milhões com tranquilidade. Acredito no potencial de Marabá”, afirmou a diretora.
Atualmente, a APAE de Marabá atende, em média, 720 pessoas de forma direta. Indiretamente esse número pode chegar a 1.300. Para administrar tamanha estrutura, a associação conta com o apoio de 78 colaboradores e 23 voluntários. Como renda, a instituição recebe financiamento de convênios municipais, emendas parlamentares e doações da comunidade. Além disso, o município colabora com a concessão de profissionais que atuam na organização.
FUNDAMENTAL PARA PATRICK
Em conversa com a reportagem do CORREIO, Raiane Garcia Costa, mãe de Patrick Rian, de 9 anos, destaca o papel fundamental da APAE no desenvolvimento do filho, que tem paralisia cerebral.
Segundo Raiane, Patrick recebe acompanhamento na instituição desde os dois anos e foi lá que aprendeu a andar com o auxílio dos profissionais. “A APAE ajuda a manter esse convívio, não só na questão fisioterápica, mas na pedagógica também. É fundamental na vida da gente hoje”, afirma.
Sem condições financeiras para arcar com os custos de um tratamento particular, Raiane reconhece que a instituição é essencial para garantir a qualidade de vida do filho. “Fisioterapia, psicopedagogia, são muitas demandas que ele tem. Se eu fosse arcar com essa despesa, eu não ia dar conta”, garante. A família marcou presença na comemoração dos 27 anos da APAE e participa ativamente das atividades promovidas pela instituição.
(Luciana Araújo)