Correio de Carajás

Depois de idas e vindas, Águia vai ao Mangueirão

Jogadores e comissão técnica do Águia precisam estar assim: unidos mais do que nunca/Foto: Diego Costa/TV Correio (SBT)

A decisão do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), de manter o jogo entre Águia e Fluminense no Mangueirão (em Belém), é apenas mais um capítulo dessa verdadeira novela chamada Copa do Brasil. A diretoria do Azulão fez o que pôde para garantir a partida no Estádio Rosenão (em Parauapebas), mas não conseguiu. Agora volta suas atenções para a organização de toda a logística envolvida para o jogo em Belém.

Tentando se manter à margem dessa discussão, jogadores e comissão técnica treinam duro e usam os jogos do Parazão também para isso: preparar-se para enfrentar um campeão continental. Afinal, esse jogo começou faz tempo, só os jogadores que não entraram em campo ainda.

Mesmo que o time marabaense seja eliminado na estreia, o que é o mais provável, pode-se dizer que o Águia já é um sobrevivente só por participar da competição. Basta lembrar que menos de dois meses atrás, a quarta vaga paraense na competição ainda era do São Francisco.

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A diretoria jurídica do Águia teve de entrar em campo e ingressar com recurso no STJD, argumentando que a vaga era sua por direito, via Campeonato Paraense. A decisão foi pro “VAR” e o Águia conseguiu a vaga.

Mas o jogo começou a virar em desfavor do Águia quando a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) alterou a regra da Copa BR-2025, vetando jogos em estádios com menos de 4 mil lugares. Com isso, o bom e velho Zinho Oliveira foi “expulso” da disputa.

O reserva imediato seria a recém inaugurada Arena Itacaiunas Asdrúbal Bentes. Mas a prefeitura de Marabá marcou um gol contra e decidiu não fazer as adequações necessárias para garantir a realização da partida do novo estádio.

O Águia contra-atacou, indo atrás da Prefeitura de Parauapebas, que, diferente de Marabá, disponibilizou o Estádio Rosenão para acolher o Águia, promovendo os ajustes necessários. Seria uma jogada de mestre. Mas não foi. A CBF também foi ao ataque e vetou o Rosenão, alegando algumas inadequações, principalmente na iluminação do estádio.

A diretoria jurídica, mais uma vez, recorreu ao STJD, alegando que os laudos analisados pela CBF seriam anteriores às adequações. Mas, agora, o Superior Tribunal não foi ao “VAR” e respeitou a decisão da CBF.

Agora, a disputa de verdade será dentro das quatro linhas, no próximo dia 26, às 19h30, na Rodovia Augusto Montenegro, Km 3, Belém, do Pará. Nesse dia saberemos se essa novela chegou ao fim ou se o Águia ainda estará de pé.

É óbvio que o Fluminense é favoritíssimo. Mas o jogo está apenas começando e ninguém há de duvidar de um time tão lutador…dentro e fora de campo.

(Chagas Filho)