Correio de Carajás

Hamas diz que vai respeitar cessar-fogo e libertará reféns no sábado

Mediadores da trégua solucionaram desavenças entre Hamas e Israel nesta quinta (13), segundo a Reuters. Cessar-fogo em Gaza poderia acabar caso o grupo terrorista, que acusa Israel de violações no acordo, não liberasse os reféns no prazo combinado.

Palestinos passam pelos escombros de edifícios destruídos, em meio ao cessar-fogo entre Israel e o Hamas, na Cidade de Gaza, em 6 de fevereiro de 2025. — Foto: REUTERS/Dawoud Abu Alkas/Foto de arquivo

O grupo terrorista Hamas, que controla a Faixa de Gaza, afirmou nesta quinta-feira (13) que vai respeitar os termos do cessar-fogo e libertará os três reféns israelenses no sábado, como combinado.

O anúncio ocorre após mediadores pressionarem o Hamas para que o acordo seja totalmente cumprido, garantindo que as trocas de reféns sejam retomadas nos prazos previamente acordados e que Israel cumpra o protocolo humanitário.

Após intensas conversas com Israel e Hamas desde quarta, os mediadores conseguiram nesta quinta-feira com que as partes envolvidas se comprometam a seguir com a implementação do cessar-fogo em Gaza, disse uma autoridade palestina à agência de notícias Reuters.

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Mais cedo, o Hamas havia afirmado em comunicado que não deseja o fim do acordo de cessar-fogo com Israel, que interrompeu a guerra que já durava 15 meses no território palestino.

A trégua no território palestino estava “por um fio” em meio a um aumento de tensões entre Israel e Hamas. Ambos os lados se acusam de violar os termos do cessar-fogo, e Netanyahu ameaçou retomar o conflito caso o grupo terrorista não liberasse os reféns no sábado.

O governo de Israel convocou reservistas para se prepararem para uma possível reativação do conflito em Gaza. A próxima libertação de reféns, no sábado, prevê a entrega de mais três israelenses.

Escoltado por membros do Hamas, o israelnese Ohad Ben Ami, sequestrado pelo grupo terrorista em 7 de outubro de 2023, acena para uma multidão ao ser libertado na cidade de Deir al-Balah, na Faixa de Gaza, em 8 de fevereiro de 2025. — Foto: Jehad Alshrafi/ AP
Escoltado por membros do Hamas, o israelnese Ohad Ben Ami, sequestrado pelo grupo terrorista em 7 de outubro de 2023, acena para uma multidão ao ser libertado na cidade de Deir al-Balah, na Faixa de Gaza, em 8 de fevereiro de 2025. — Foto: Jehad Alshrafi/ AP

O Hamas justificou a suspensão acusando Israel de “atrasar o retorno de pessoas deslocadas ao norte de Gaza”, “atingindo-as com bombardeios e tiros em várias áreas da Faixa” e de violar o acordo sobre suprimentos de ajuda.

Em resposta, Israel acusou o Hamas de uma “violação completa do acordo de cessar-fogo e do acordo para libertar os reféns”.

Na terça-feira (11), o presidente dos EUA, Donald Trump, insistiu no ultimato que deu ao grupo terrorista na segunda-feira (10), quando afirmou que Gaza viraria um inferno se o Hamas não libertasse todos os reféns – de uma só vez – no fim de semana.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, repetiu a ameaça de Trump na terça e declarou que vai retomar os confrontos em Gaza se o Hamas não soltar os reféns até o meio-dia de sábado.

(Fonte:G1)