Correio de Carajás

Repórter Correio

Fogo amigo?

Políticos que concorreram a cargo eletivo pelo grupo do agora prefeito Toni Cunha (PL) tiveram reunião na noite de terça-feira (4) no Sesc, em Marabá, e o tom foi bastante sério, e de descontentamento, em relação à dificuldade de acesso ao gestor. São pessoas que caíram em campo para pedir voto para o prefeito, filiadas aos partidos PL, Podemos, Avante e Cidadania. Os que se revezaram ao microfone não tiveram qualquer reserva em criticar algumas escolhas de Toni, principalmente a manutenção de uma série de secretários municipais do governo Tião Miranda, enquanto seus próprios parceiros de campanha estão fora da folha de pagamento.

Fogo amigo? (II)

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O grupo reclama, ainda, que não consegue ter acesso direto a Toni para ouvir dele sobre o que pensa para esses aliados, ou serem ouvidos sobre o que entendem ser oportuno para a condução do governo. Eles externaram, que certas decisões já tomadas pelo gestor estão bem distantes do que foi prometido em campanha. Nenhum membro do alto escalão do governo esteve presente, embora os articuladores digam que eles foram convidados. Toni não respondeu ao convite e seus assessores dizem que ele estava fora da cidade na data, em compromisso previamente agendado. O vice-prefeito também não apareceu.

Animais mortos

Uma empresa especializada no transporte de animais está sendo investigada após a morte de três cachorros durante uma viagem entre Ananindeua, na região metropolitana de Belém, e Palhoça (SC). Os tutores dos animais alegam negligência e cobram explicações sobre o caso. Os cães — dois da raça pastor alemão e um bulldog campeiro, chamados Kira, Thor e Bruce — foram entregues à empresa Transporte Pet Brasil para a realização do trajeto terrestre. Segundo os tutores, foram pagos R$ 10 mil pelo serviço, que previa o transporte seguro dos animais em uma van. No entanto, no meio do percurso, a família foi informada da morte dos cães. O traslado começou no dia 28 de janeiro, com previsão de chegada para o último domingo (2). Entretanto, de acordo com a empresa, um dos cães morreu na Bahia, enquanto os outros dois vieram a óbito em Minas Gerais.

Animais mortos II

A família suspeita de que os animais tenham sido submetidos a condições inadequadas, principalmente no que diz respeito à hidratação. Uma veterinária que atendeu dois dos três cães após o ocorrido constatou sinais de desidratação e problemas renais. Diante da situação, os tutores registraram um boletim de ocorrência na delegacia de Palhoça. Além dos três cães da família, outros 11 filhotes estavam sendo transportados no mesmo veículo. Segundo a intermediária responsável pelo serviço, todos chegaram ao destino.

Temporal no Pará

Fortes chuvas têm afetado diversos municípios no Pará. Na capital, a cidade enfrenta problemas significativos como alagamentos e quedas de árvores causadas pelas chuvas intensas. O meteorologista, engenheiro agrônomo e coordenador de Apoio Meteorológico no Pará/Inmet, Adriróseo R. Alves dos Santos, explica esse fenômeno. O profissional informa que a previsão para o inverno amazônico de 2025 indica chuvas superiores à média, com altos volumes esperados até maio. “O inverno amazônico de 2025 teve um início marcado por quantidades de chuva consideravelmente acima do padrão climatológico. Em dezembro de 2024, foram registrados 430,4 mm de chuva, ultrapassando a média prevista de 283,5 mm. O cenário se manteve em janeiro de 2025, quando o acumulado pluviométrico chegou a 417 mm, também acima do normal de 383,8 mm”, afirma.

Temporal no Pará II

De acordo com suas informações, fevereiro inicia o período mais chuvoso do trimestre na região, conforme dados climatológicos. A média histórica de chuva para esse mês é de 437,8 mm. Até o dia 3 de fevereiro de 2025, foram contabilizados 108,8 mm de chuva, assim distribuídos: 11,8 mm no primeiro dia, 34,4 mm no segundo e 62,6 mm no terceiro. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) prevê que, durante o período de fevereiro a abril, haja um acúmulo de chuvas superior a 1.200 mm. A presença de sistemas atmosféricos tem sido crucial para os altos índices pluviométricos que estão sendo observados na região.

La Niña

De acordo com o especialista, a atuação do fenômeno La Niña, que se caracteriza por anomalias de temperatura negativas nas águas do Oceano Pacífico Equatorial, tem favorecido a persistente presença da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) na região do Atlântico Equatorial. Essa situação tem variado entre 02°N e 01°S em relação à linha do Equador, causando instabilidade atmosférica, principalmente no norte do Pará.