A descoberta de uma nova espécie de inseto no Pará, por pesquisadores do Instituto Evandro Chagas, pode ajudar no tratamento da Leishmanioses. O Grupo de Entomologia do Laboratório “Prof. Dr. Ralph Lainson”, da Seção de Parasitologia do Instituto descreveram uma nova espécie de flebotomíneo, inseto pertencente ao mesmo grupo dos transmissores da doença, causada por protozoários parasitas e transmitida através da picada dos insetos.
A doença pode se apresentar de três maneiras: leishmaniose cutânea, mucocutânea ou visceral. De acordo com dados da Secretaria de Estado de Saúde (SESPA), no ano de 2017, foram registrados no Pará, cerca de 210 casos. O Brasil responde por 96% dos casos ocorridos em toda a América. A Organização Mundial da Saúde estima que são 400 mil novos casos da doença por ano, em todo o mundo.
De acordo com o pesquisador Thiago Vasconcelos, juntamente com os pesquisadores Yetsenia d. V. Sanchez Uzcátegui, Noel F. Santos Neto e Allan Kardec R.Galardo, é precoce dizer que o mosquito representa uma ameaça para a sociedade. “Não temos certeza se ele pode se adaptar ao ambiente urbano, ou seja, é cedo para dizer que ele pode transmitir a doença”, afirma. Quanto mais se conhece sobre esse grupo de insetos, mais se expandem as possibilidades de controle da doença.
Leia mais:A nova espécie foi capturada em uma área de floresta primária próxima a um empreendimento de mineração, no município de Itaituba.
(Diário do Pará)