A Defesa Civil de Marabá está se preparando para o período de chuvas intensas que caracteriza o inverno amazônico. As chuvas que chegam amenizam o calor, mas podem causar alagamentos e trazer doenças que afetam a saúde do marabaense. O Correio de Carajás conversou com o diretor da Defesa Civil do município, Marlivon Andrade, sobre as precauções que estão sendo tomadas para amenizar possíveis complicações no período. Conforme ele, a equipe vem realizando ações preventivas há cerca de quatro meses no município.
PREVENÇÃO CONTRA ALAGAMENTOS
A Defesa Civil já está em alerta para possíveis enchentes nos 35 pontos catalogados como áreas de risco em Marabá, incluindo bairros na Marabá Pioneira, na Nova Marabá (Folha 33) e no Núcleo Cidade Nova. Essas regiões são conhecidas pela vulnerabilidade em períodos de cheia dos Rios Tocantins e Itacaiunas e, pela distância entre elas, há uma dificuldade em chegar até essas pessoas, mas segundo o diretor, a Defesa Civil possui um planejamento quanto a isso. “Temos o plano de contingência, que inclui a definição de abrigos para famílias desalojadas, além da logística para remoção e realocação dessas pessoas”, explica. O plano será apresentado às demais autoridades e também para o Exército Brasileiro em breve.
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Com a chegada do período chuvoso, a Defesa Civil reforça o pedido para que moradores de áreas ribeirinhas ou próximas a galerias fiquem atentos ao nível dos rios e iniciem a mudança de suas residências assim que perceberem risco iminente. O maior destaque está em não esperar a água chegar perto das casas para deixá-las, é preciso agir com precaução.
Sobre os riscos de uma possível enchente este ano ainda, o diretor chamou atenção para o aumento de construções em locais de risco. Em 2024, cerca de 7 mil pessoas vivem nas áreas mapeadas pela Defesa Civil como suscetíveis a alagamentos. Este ano o Rio Itacaiunas já atingiu 12 metros, enquanto o Tocantins atingiu 10, e algumas pessoas que vivem ao lado dos rios foram afetadas.
Embora o nível atual dos rios esteja elevado, Marlivon destacou que o índice de chuvas na região tem sido abaixo da média, o que reduz a possibilidade de enchentes. Contudo, chuvas nas cabeceiras dos rios podem mudar o cenário, o que deixa em alerta aqueles que vivem às margens dos rios para uma eventual saída de emergência.
(Milla Andrade)