No dia 29 de maio de 2025, às 8h30, a 1ª Vara Criminal de Marabá vai conduzir o julgamento de Sara Nunes Ferreira. A acusada de ter assassinado Ana Beatriz Machado será submetida ao Tribunal do Júri pelo crime de homicídio por motivação fútil. Ela ainda responde no mesmo processo pelo crime de lesão corporal contra David Gabriel Barros de Souza, e por fraude processual por supostamente ter apagado as conversas com a vítima após o crime.
O caso ganhou repercussão nacional pela violência empregada pela acusada e pelas imagens divulgadas em redes sociais sobre como ocorreu o assassinato de Ana Beatriz Machado.
O crime ganhou atenção pela gravidade dos fatos, pelo impacto nas famílias envolvidas e na sociedade marabaense.
Leia mais:A mãe da vítima, Maria Betânia Saldanha, disse que a dor da perda de sua filha é um vazio que nunca vai se preencher, mas, acredita que a acusada de matar sua filha será condenada.
Sara Nunes continua presa e seu julgamento não será realizado em Belém do Pará, em uma possível tentativa de desaforamento para a Capital. A reportagem confirmou esta informação com o advogado da família da vítima.
Em caso semelhante, talvez a sociedade marabaense não participará do julgamento do tatuador Will e sua companheira Deydielle, acusados de matar a tatuadora Flávia Alves. Isso porque há possibilidade desse crime ser julgado em Belém, a mais de 500 Km de Marabá.
O criminalista Diego Adriano de Araújo Freires, que atua no caso de Sara Nunes ao lado do Ministério Público Estadual, como assistente de acusação, rechaça a possibilidade de Sara Nunes não ser julgada em Marabá. “A condução do processo se deu de acordo com preceitos legais, sem espetacularização, obedecendo às regras do jogo. Tivemos o cuidado necessário para que não surgisse a possibilidade do desaforamento para outra comarca”, explica.
O causídico também observa que “o trabalho como assistente de acusação visa garantir que o direito das vítimas e de seus familiares seja respeitado, sempre com ética e respeito ao Código de Processo Penal. Acredito que Sara será condenada pelo crime que cometeu” prevê Diego Freires.
Relembre o caso:
Uma confusão em um bar resultou no assassinato de uma jovem de apenas 22 anos na madrugada do dia 7 de janeiro de 2024, em Marabá. A acusada foi presa em flagrante pela Polícia Militar.
Ana Beatriz Silva Machado ainda chegou a ser socorrida, mas já deu entrada sem vida no Hospital Municipal de Marabá. O crime ocorreu em um bar na Rua Fortunato Simplício Costa, Bairro Novo Horizonte, no Núcleo Cidade Nova.
Uma guarnição da Polícia Militar foi acionada e, ao chegar ao estabelecimento, se deparou com Ana Beatriz deitada no chão, coberta de sangue, ainda com vida. Do outro lado da rua estava a acusada, Sara Nunes Ferreira, de 20 anos, com a faca na mão.
O Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) foi acionado e socorreu a vítima, que já deu entrada sem vida na casa de saúde. Os militares retiraram a faca das mãos da acusada, momento em que esta confessou aos policiais que havia golpeado Ana Beatriz com a faca e que estava no local aguardando a chegada da polícia.