O desaparecimento de Carlos Antônio de Souza Conceição, de 27 anos, vem tirando sono de uma família de Rondon do Pará, a 146 km de Marabá. Diagnosticado com câncer no cérebro desde 2019, Carlos enfrenta sérias limitações de memória e saúde, o que torna sua ausência ainda mais angustiante para seus entes queridos. Ele foi visto pela última vez no último dia 7, quando saiu de casa e não retornou.
Desesperada, a mãe de Carlos, Maria Antônia Santos Souza, esteve na Redação do Correio de Carajás nesta terça-feira, 26, para pedir ajuda. Ela conta à reportagem que cuida dele desde que a doença foi descoberta, há cinco anos. Com uma voz embargada pela dor e preocupação, relata que o filho depende de cuidados constantes. “Ele tem uma cicatriz grande na cabeça, da cirurgia que fez devido ao câncer. Toma remédios para evitar convulsões, mas se não tomar, a situação se complica. Ele está como uma criança, tem dias que não consegue nem comer sozinho”, diz.
No dia do desaparecimento, Maria precisou sair de casa para comprar passagens para levar o filho a uma consulta médica no Hospital Ophir Loyola, em Belém, onde ele faz acompanhamento. Carlos ficou aos cuidados da irmã, mas aproveitou um momento em que ela se deitou para sair sozinho. “Ele tinha o costume de sair às vezes, mas sempre voltava. Desta vez, ele não voltou”, explica a mãe.
Leia mais:Além das limitações físicas, Carlos apresenta lapsos de memória severos. “Tem vezes que ele não lembra nem o nome da cidade onde mora. Meu maior medo é que ele não saiba mais voltar para casa”, desabafa Maria Antônia. A situação é ainda mais preocupante porque ele precisa de medicação regular para evitar crises convulsivas.
A angústia é evidente nas palavras da mãe, que luta contra o tempo e o desconhecido para reencontrar o filho. “Eu peço que, se alguém souber de alguma coisa, entre em contato. Onde ele estiver, eu vou buscar. Não sei mais o que fazer. Já fiz de tudo”, implora.
Carlos é descrito como um jovem alto, magro, com uma cicatriz marcante na cabeça, resultado da cirurgia decorrente do câncer. A mãe reforça que ele pode estar desorientado e sem lembrar informações básicas sobre si mesmo ou sua família. Apesar de Maria Antônia não perder a esperança, o tempo é crucial: “Ele depende de mim para tudo. Eu cuido dele, dou banho, dou comida. Ele precisa de mim, e eu preciso dele.”
Quem tiver informações sobre o paradeiro dele, deve entrar em contato com a família pelo número da mãe (94) 992530011.
(Thays Araujo)