Correio de Carajás

Réu por tentativa de feminicídio enfrenta Júri Popular nesta quinta-feira

Até o final desta quinta-feira (7), deve ser proferida a sentença que absolverá ou condenará o réu

Na manhã desta quinta-feira (7), teve início no Fórum Juiz José Elias Monteiro Lopes o julgamento do réu Rosimar de Sousa Magalhães, conhecido como “Kiko”, de 37 anos. Ele enfrenta o júri popular pelo crime de tentativa de homicídio contra Mariana Silva Souza, ocorrido em 12 de julho de 2018, em Marabá. A vítima foi atingida por um disparo de arma de fogo e levada ao Hospital Municipal. Apesar de sobreviver, a mulher, que na época era esposa do acusado, ficou paraplégica.

A juíza Alessandra Rocha da Silva Souza preside o Tribunal do Júri, composto por três mulheres e quatro homens. A acusação é conduzida pela promotora de Justiça Cristine Magella Corrêa Lima, enquanto a defesa do réu é realizada pelos advogados Wanderley Pereira Melo e Irismar Nascimento Araujo Melo.

Rosimar já enfrentou um primeiro júri em que foi absolvido de uma acusação de homicídio contra outra mulher. Em entrevista ao CORREIO, o advogado Wanderley Pereira comentou sobre a tese de defesa, que contesta o pedido de feminicídio doloso feito pelo Ministério Público. “Há uma acusação de tentativa de feminicídio, entretanto, até a vítima informou que foi um acidente que ocasionou os ferimentos”, defende o advogado.

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Ele ainda também afirmou que pedirá a absolvição do réu. “Desde a fase de instrução processual, observamos que não há provas contra ele”, explica Wanderley.

O advogado do réu, Wanderley Melo, pede a absolvição do cliente

SOBRE O CRIME

O crime ocorreu na madrugada de 12 de julho de 2018. A vítima, Mariana, e o acusado, Rosimar, estavam na casa da irmã do réu. Em determinado momento, Rosimar saiu da residência e, de acordo com os autos, demorou a retornar. Após seu retorno, os dois começaram a discutir e, dentro do quarto, após a vítima tentar impedi-lo de sair, o disparo da arma teria ocorrido acidentalmente.

A vítima foi socorrida e levada ao Hospital Municipal, onde recebeu atendimento médico e foi diagnosticada com paraplegia. O acusado fugiu logo após o incidente, sendo encontrado posteriormente em uma área rural.

Hoje, mais de seis anos após o ocorrido, Rosimar se senta no banco dos réus para dar sua versão dos fatos e buscar a absolvição ou, ao menos, uma sentença mais branda.

(Milla Andrade e Evangelista Rocha)