O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, demitiu o ministro da Defesa, Yoav Gallant, nesta terça-feira (5).
Netanyahu afirmou que “houve muitas lacunas entre ele e Gallant sobre a gestão das guerras de Israel”.
Israel Katz, atual chanceler do país, foi nomeado para substituir Gallant no cargo.
Leia mais:
Ataques ao Irã
Israel lançou ataques aéreos contra o Irã na madrugada de sábado (26), pelo horário local — noite de sexta-feira (25), no Brasil. Várias explosões foram ouvidas na capital, Teerã. As Forças de Defesa de Israel afirmaram que conduziram um “ataque preciso” contra alvos militares e deram a missão por concluída. A imprensa local informou que o governo iraniano irá responder de forma “proporcional”.
Na madrugada deste sábado, pelo horário local, explosões também foram ouvidas em Damasco, na Síria. A mídia local disse que Israel atacou alvos militares no país.
Em um comunicado, Israel afirmou que está sendo atacado pelo Irã desde 7 de outubro de 2023, quando terroristas do Hamas invadiram o território israelense. Naquele dia, centenas de pessoas foram mortas e mais de 200 foram sequestradas. O Hamas e o Irã são aliados.
Ao anunciar que estava atacando o Irã nesta sexta-feira, Israel disse que estava exercendo o direito de se defender.
“Como qualquer outro país soberano no mundo, o Estado de Israel tem o direito e o dever de responder. Nossas capacidades defensivas e ofensivas estão totalmente mobilizadas”, afirmaram os militares israelenses.
“Faremos o que for necessário para defender o Estado de Israel e o povo de Israel.”
A agência de notícias Fars, que tem ligações com o governo do Irã, afirmou que várias bases militares nos arredores de Teerã foram alvos de ataques de Israel. Não há informações sobre estragos ou feridos.
De acordo com a imprensa norte-americana, Israel evitou atacar estruturas nucleares e petrolíferas do Irã. O foco estaria apenas nos alvos militares. Além disso, as forças israelenses planejaram o bombardeio para durar a madrugada toda.
Pilotos que voavam nas proximidades do Irã receberam avisos de que o espaço aéreo do país estava sendo fechado. Pouco depois, mais quatro explosões foram registradas em Teerã.
Oficiais dos EUA e de Israel afirmaram que aconteceram três ondas de ataques no Irã, conforme relatado por um repórter da Axios, site de notícias norte-americano, no X. Ele acrescentou que a segunda e a terceira ondas se concentraram em bases de mísseis e locais de produção de drones.
A emissora pública israelense informou pouco antes da meia-noite de sexta, pelo horário de Brasília, que a operação contra o Irã acabou após três ondas de ataques.
Irã promete resposta
A agência semi-estatal iraniana Tasnim afirmou que o Irã está preparado para responder a “agressão israelense”, segundo fontes do governo.
“Não há dúvida de que Israel enfrentará uma reação proporcional a qualquer ação que tomar”, informaram as fontes.
A mídia estatal iraniana afirmou que as autoridades de inteligência do país estão investigando o ataque. Segundo a imprensa local, as explosões ouvidas podem ser resultado da atuação do sistema de defesa.
Vingança de Israel
Desde o início de outubro, Israel vinha prometendo um contra-ataque contra o Irã. Os Estados Unidos disseram que estavam trabalhando junto com o governo israelense para uma resposta ao ataque iraniano.
O presidente Joe Biden recomendou que Israel evitasse instalações petroleiras. Além disso, as autoridades norte-americanas desaconselharam bombardeios em ativos nucleares do Irã.
A imprensa dos Estados Unidos informou que uma resposta de Israel contra Irã aconteceria antes das eleições norte-americanas, que estão marcadas para 5 de novembro.
A Casa Branca disse que foi avisada sobre a ação israelense pouco antes de ela ser lançada.
O ataque do Irã
No dia 1º de outubro, mísseis lançados pelo Irã cruzaram os céus de cidades israelenses importantes, como Tel Aviv e Jerusalém. Boa parte do ataque foi interceptada pelos sistemas de defesa de Israel.
Uma operação do tipo contra o território israelense era aguardada desde o fim de julho, quando Ismail Haniyeh, então chefe do Hamas, foi assassinado em Teerã.
O Irã responsabilizou Israel pela morte de Haniyeh e disse que a operação representava uma violação da soberania do país.
No fim de setembro, o Irã voltou a prometer uma resposta a Israel pelas mortes de Hassan Nasrallah, chefe do grupo extremista Hezbollah, e Abbas Nilforoushan, membro da cúpula da Guarda Revolucionária do Irã. Ambos foram mortos em bombardeios israelenses em Beirute, no Líbano.
Após o ataque iraniano, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, classificou a ação iraniana como um “grande erro” e afirmou que o Irã irá “pagar” pelo ataque.
O governo de Israel informou que duas pessoas ficaram feridas sem gravidade durante o ataque iraniano e que não houve registro de prédios ou residências atingidos.
O governo do Irã garantiu que qualquer contra-ataque de Israel resultaria em uma resposta “subsequente e esmagadora”, além de uma “grande destruição” para infraestruturas israelenses. Além disso, o aiatolá Ali Khamenei — autoridade máxima do Irã — foi colocado em um local protegido.
Histórico em abril
Irã atacou diretamente Israel pela primeira vez em abril deste ano. À época, o país lançou mísseis e drones contra o território israelense em resposta a um bombardeio que atingiu a embaixada do Irã em Damasco, na Síria.
Dias depois, como resposta, bombardeios atingiram uma região do Irã com instalações nucleares. Embora Israel não tenha assumido a autoria, autoridades americanas confirmaram que a ação era uma resposta israelense.
(Fonte:G1)