Nesta quinta-feira (31), o Poder Judiciário concedeu liberdade provisória ao caminhoneiro Dhiames da Silva de Araujo, de 27 anos. Ele havia sido preso em flagrante, na noite de terça (29), por atropelar e matar a professora Andrea Cristina Rosario de Oliveira. O acidente aconteceu na BR-230, em frente ao Partage Shopping, em Marabá.
Ao expedir o Alvará de Soltura, o juízo da 1ª Vara Criminal de Marabá impôs algumas condições a Dhiames, como a proibição de frequentar bares, boates e serestas. Ele está proibido também de se ausentar da comarca sem comunicação prévia ao juízo até o fim da instrução processual e deve, ainda, manter endereço atualizado nos autos.
Para justificar a soltura de Dhiames, a decisão judicial observa que ele não demonstra maior periculosidade, pois se encontra identificado civilmente, possui endereço fixo, não havendo demonstração de risco concreto para garantia da ordem pública, para a instrução criminal e garantia da aplicação da lei penal.
Leia mais:O corpo da professora foi trasladado para Belém, para ser sepultado lá, onde mora a maioria dos parentes dela. Andrea lecionava em uma universidade particular e também na Escola Municipal Maria de Jesus (Professora Itanaem), na Folha 35 (Nova Marabá), bairro onde Andrea morava.
O CASO
Quando atropelou a matou a professora, Dhiames estava bêbado, conduzindo um caminhão. Ele não conseguiu frear quando Andrea, que seguia de moto na frente dele, parou o veículo no sinal vermelho diante da faixa de pedestres.
Com o impacto da batida, ela foi lançada na pista de rolamento, enquanto o caminhão dirigido por Dhiames arrastou a moto dela por cerca de 100 metros, entre o shopping e a sede da Secretaria Municipal de Viação e Obras Públicas (Sevop).
Ele fugiu sem prestar socorro à vítima e só foi capturado e preso depois da rotatória do Km 6, sentido São Domingos do Araguaia. Enquanto isso, uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel (SAMU) socorreu a professora, levando-a para o Hospital Regional Público do Sudeste, onde ela morreu.
Na delegacia, visivelmente embriagado, Dhiames alegou que os freios do veículo falharam. Ainda não foi divulgado resultado da perícia no caminhão para comprovar ou desmentir essa versão. Mas o teste do etilômetro (bafômetro) mostrou que ele estava com 0,58mg de álcool por litro de ar expelido, o que configura crime de trânsito.
(Chagas Filho)