Ataques aéreos israelenses atingiram uma mesquita e uma escola que abrigava pessoas desalojadas na Faixa de Gaza na madrugada deste domingo (6). O bombardeio deixou 26 mortos e 93 feridos, segundo o governo de Gaza, que é administrado pelo Hamas.
Os militares israelenses disseram que realizaram “ataques precisos contra terroristas do Hamas” que estavam operando em centros de comando instalados na Escola Ibn Rushd e na Mesquita Shuhada al-Aqsa, na área de Deir al-Balah, no centro de Gaza.
O Hamas rebate as acusações de que usa instalações civis, como escolas, hospitais e mesquitas, para fins militares.
Leia mais:“A mesquita está aqui há 20 anos e a vizinhança tem pessoas desalojadas”, disse o imã Ahmed Fleet enquanto retirava Alcorões dos escombros. “Fiquei chocado ao saber que ela foi atingida”.
Autoridades de saúde palestinas disseram que pelo menos outras 20 pessoas foram mortas desde a noite de sábado (5) no norte de Gaza, depois que o Exército enviou tanques para a região pela primeira vez em meses e solicitou aos moradores que saíssem.
O escritório de mídia do governo de Gaza disse que Israel atingiu 27 casas, escolas e abrigos de desalojados em Gaza nas últimas 48 horas.
Médicos disseram que um ataque aéreo israelense matou três palestinos em Rafah, perto da fronteira com o Egito, onde as forças israelenses estão operando desde maio.
1 ano de conflito
Os ataques ocorreram no momento em que a guerra entre Israel e o grupo militante palestino Hamas se aproxima do seu aniversário de um ano, e enquanto Israel vem expandindo suas ações no Líbano.
O Hamas atacou o sul de Israel em 7 de outubro de 2023, matando 1.200 pessoas e fazendo cerca de 250 reféns, de acordo com os registros do governo israelense.
O ataque militar de Israel a Gaza, que veio em seguida, matou quase 42.000 palestinos, segundo o Ministério da Saúde de Gaza. Também deslocou quase todos os 2,3 milhões de habitantes do enclave, causou uma crise de fome e levou a alegações de genocídio na Corte Mundial, o que Israel nega.
O Comitê Internacional da Cruz Vermelha pediu a todas as partes que garantissem a proteção de todos os civis.
“Este é um ano marcado por mágoas e por perguntas sem respostas. Famílias foram separadas, com muitos entes queridos ainda detidos contra sua vontade. Dezenas de milhares de pessoas foram mortas e milhões ficaram desalojados em toda a região”, disse.
(Fonte:G1)