A 23ª Brigada de Infantaria e Selva (Bda Inf Sl) terá em ação mais de 3 mil militares para garantir a segurança e o pleno funcionamento do processo eleitoral em Marabá e região. Com responsabilidade de suporte a 18 municípios, contando com transporte das urnas eletrônicas até os locais de votação, a unidade militar atua em áreas de difícil acesso, assegurando que, do centro urbano às comunidades mais isoladas, o direito ao voto seja exercido com tranquilidade. O apoio foi requisitado pelos juízes eleitorais, via TRE-PA, e autorizado pela Presidência da República.
À frente da brigada, o general Eduardo da Veiga Cabral conversou com este CORREIO e conta que, além de Marabá, outras cidades da região sul e sudeste do Pará, como Redenção, Parauapebas e São Félix do Xingu, também estão incluídas na operação. “Essas áreas recebem maior atenção devido a sua extensão territorial e à complexidade de logística envolvida no acesso a comunidades indígenas, ribeirinhas e zonas rurais mais afastadas”, afirma, acrescentando que nessas localidades, a presença do Exército será mais intensa, assegurando que a votação ocorra de maneira tranquila e sem incidentes.
ATRIBUIÇÃO
Leia mais:O militar também explica que o papel do Exército no pleno funcionamento do pleito é garantir a segurança das áreas de votação, especialmente em locais onde o acesso é mais difícil ou onde os órgãos de segurança pública enfrentam limitações logísticas.
Além disso, o Exército é responsável pelo transporte das urnas eletrônicas até os locais de votação, uma tarefa que envolve o uso de viaturas terrestres e, em alguns casos, aeronaves para alcançar áreas mais remotas. Essa logística inclui o transporte de urnas para comunidades mais afastadas, garantindo que todos os eleitores possam participar do processo eleitoral.
OPERAÇÃO
“A operação em Marabá faz parte de uma mobilização maior coordenada pelo Comando Conjunto Norte, que cobre toda a Amazônia Oriental, incluindo os estados do Pará, Amapá, Maranhão e Tocantins”, diz Veiga. Segundo ele, ao todo, a 23ª Brigada mobilizou um contingente de 4.600 militares para garantir a segurança do pleito eleitoral no Estado do Pará. Desses, 3.200 atuarão diretamente nos locais de votação, enquanto o restante será destinado ao apoio logístico, comando e controle.
FUNCIONAMENTO
Outra informação compartilhada pelo general é que, no Pará, a 23ª Brigada de Infantaria de Selva está dividida em sete áreas de operações. O sul e o sudeste do estado, onde se localiza Marabá, terão a maior concentração de efetivo, devido à importância estratégica da região e às dificuldades de acesso em áreas mais remotas. “A operação cobre 54 municípios paraenses e um total de 424 locais de votação, que são, em sua maioria, escolas designadas pela Justiça Eleitoral”, expõe.
A atuação das tropas será coordenada com os órgãos de segurança pública, como a Polícia Militar, Polícia Civil, Polícia Federal e guardas municipais, para garantir a segurança das eleições. Contudo, o Exército terá maior presença em regiões onde o acesso é mais complicado, como áreas indígenas e comunidades ribeirinhas.
Uma sala de comando está montada no QG da 23ª Brigada, de onde oficiais vão acompanhar em tempo real a movimentação da tropa, o uso de recursos e a efetividade do planejamento.
“A logística da operação envolve viaturas terrestres, como caminhões e ônibus, além do apoio aéreo da Aviação do Exército, com aeronaves Pantera e Jaguar, e da Força Aérea Brasileira, utilizando a aeronave C-98 Caravan para missões logísticas e evacuações aeromédicas”, finaliza Veiga.
(Thays Araujo)