Falta de combustível e material de expediente. Estas são algumas das dificuldades enfrentadas pelas duas unidades do Conselho Tutelar da Criança e do Adolescente em Parauapebas para continuar exercendo suas atividades.
A denúncia é feita pelos conselheiros, que afirmam que a situação chegou ao limite e que se não forem tomadas medidas, as atividades serão paralisadas. Segundo os denunciantes, esse quadro crítico já vem de algum tempo, sem que medidas eficientes fossem tomadas pelos governos, que sempre fizeram apenas ações paliativas.
De acordo com o conselheiro Neil Armstrong, agora a situação chegou ao extremo e não dá mais para continuar. Ou se tomam medidas eficazes, diz ele, ou os conselhos fecham as portas por falta de condições mínimas de trabalho.
Leia mais:Armstrong, que atua Conselho Tutelar I, localizado no Bairro Rio Verde, o primeiro da cidade, diz que o órgão não tem a mínima assistência, faltando material de expediente, manutenção no prédio e combustível para a única viatura que atende a unidade, que também está parada por um problema mecânico, considerado simples por ele.
Ele diz que várias cobranças e reivindicações já foram feitas, mas até agora nada de respostas. Segundo Neil Armstrong, ele já enviou ofícios ao Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (Comdcap) e à Secretaria Municipal de Assistência Social, mas é como se atividade do órgão não fosse importante para o governo.
“Já expomos os problemas e até listamos os itens necessários, como material gráfico, bateria para carro, lâmpadas, manutenção em ar condicionado, computador, nobreak e tonner para impressora, mas nenhum retorno foi dado”, afirma.
De acordo com o conselheiro, eles não têm mais pastas para arquivamento de prontuários de atendimentos, blocos de fichas de atendimento, blocos de notificação convocatória e blocos de denúncias anônimas, itens considerados indispensáveis para o atendimento e funcionamento do conselho.
Ele observa que o prédio do Conselho Tutelar I, como é bastante antigo, precisa de reformas e melhorias como acessibilidade, reforma dos banheiros, troca de piso em todo o prédio, acabamento de reboco (massa corrida) em todo o prédio, pintura predial interna e externa, troca da porta da recepção, revisão dos sistemas hidráulico e elétrico, divisória para a secretaria, ampliação para acomodar a copa e sala de reuniões e reforma do prédio anexo (arquivos).
O combustível para a viatura, utilizada no serviço de campo é outra dor de cabeça antiga. A situação se agravou e nos últimos dias os serviços de campo foram suspensos porque não havia como abastecer o carro.
Segundo o conselheiro, após ele ter exposto em redes sociais os problemas, o secretário de Assistência Social, Jorge Guerreiro, liberou 30 litros de combustível, quantidade que ele diz não ser suficiente para mais de um dia.
POSICIONAMENTO
Em nota enviada ao Jornal Correio e Portal Correio de Carajás, a Secretaria Municipal de Assistência Social justifica que os postos de combustíveis que abastecem a prefeitura estão alegando que não têm condições de fazer o abastecimento contínuo, mas que a situação dos conselhos foi resolvida.
Veja a íntegra da nota:
“Em relação à falta de combustível que comprometeu o abastecimento de veículos que dão suporte ao Conselho Tutelar, a Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas) esclarece que: Os postos de combustíveis que abastecem a prefeitura continuam a alegar que estão sem condições de fornecimento contínuo, mas a situação do Conselho Tutelar já foi normalizada nesta segunda-feira, 06.
A Semas reitera o compromisso com o trabalho desenvolvido pelos conselheiros tutelares de Parauapebas e reforça que continuará contribuindo para que as ações que visam garantir os direitos das crianças e adolescentes sejam mantidas. (Tina Santos)