Um pastor identificado como Danilo de Paulo de Souza Azevedo, de 33 anos, foi detido, na madrugada desta segunda-feira (05), após receber fotos íntimas de duas adolescentes de 12 e 13 anos, que fazem parte do coral da igreja. O caso aconteceu no bairro do Curió-Utinga, em Belém.
De acordo com informações da Polícia Civil, o pai de uma das adolescentes flagrou o momento em que a filha entrou no banheiro da casa, mexendo no celular em situação suspeita. O pai foi olhar e conseguiu observar que a filha estava enviando fotos para um celular, por meio do Whatsapp, escondida no banheiro. Segundo o pai, ele conseguiu ver uma das fotos, em que a menina havia se fotografado em pose íntima. Antes que o pai tomasse o celular, a filha conseguiu apagar as fotos, mas ficou apenas uma mensagem endereçada ao Pastor Danilo.
Após a situação, o pai acionou a Polícia Militar, que se deslocou até o endereço do acusado onde ele foi detido, sendo apresentado na Seccional de São Brás.
Leia mais:Segundo o delegado Delcio Santos, que estava de plantão, durante a madrugada, na Seccional, o acusado apagou todas as mensagens e fotos recebidas. Mesmo assim, o celular foi apreendido e encaminhado para perícia. A prova do envio das mensagens ao celular do acusado foi apresentada pelo pai de uma das menores. A imagem da conversa entre a filha e o acusado foi anexada aos autos da prisão em flagrante.
Na delegacia, a adolescente contou ainda que outra adolescente também enviava fotos íntimas para o pastor.
O delegado enquadrou o acusado pelos crimes relacionados à pornografia infantil, entre os quais, os previstos no Estatuto da Criança e Adolescente (ECA), como o do artigo 241-B, por “adquirir, possuir ou armazenar, por qualquer meio, fotografia, vídeo ou outra forma de registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente”, e o do artigo 241-E, por “cena de sexo explícito ou pornográfica” , crime que compreende qualquer situação que envolva criança ou adolescente em atividades sexuais explícitas, reais ou simuladas, ou exibição dos órgãos genitais de uma criança ou adolescente para fins primordialmente sexuais.
O acusado permanece recolhido para passar por audiência de custódia na Justiça.
(DOL com informações da Polícia Civil)