Correio de Carajás

Abel Ferreira é punido com 2 jogos de suspensão por gesto obsceno

Pena será cumprida no Brasileirão, o que clube entende não ser justo, pois expulsão ocorreu na Copa do Brasil. Verdão entrará com pedido de efeito suspensivo

Foto: reprodução

Abel Ferreira foi punido com dois jogos de suspensão em julgamento da 4ª Comissão Disciplinar do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), nesta quinta-feira. O gancho se dá pela expulsão após gesto obsceno na eliminação do Palmeiras para o Flamengo na Copa do Brasil, dia 7 de agosto.

Ele terá de cumprir a pena durante o Brasileiro, após a Procuradoria pedir o uso do artigo 171 do CBJD: “quando a suspensão não puder ser cumprida na mesma competição, campeonato ou torneio em que se verificou a infração, deverá ser cumprida na partida, prova ou equivalente subsequente de competição, campeonato ou torneio realizado pela mesma entidade”.

O Palmeiras não concorda com a decisão de a punição ter de ser paga em outra competição, por isso irá recorrer e pedir efeito suspensivo.

Abel Ferreira, do Palmeiras, faz gesto obsceno ao reclamar da arbitragem — Foto: Reprodução
Abel Ferreira, do Palmeiras, faz gesto obsceno ao reclamar da arbitragem — Foto: Reprodução

O treinador alviverde foi denunciado no artigo 258 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD): assumir qualquer conduta contrária à disciplina ou à ética esportiva, como desrespeitar os membros de arbitragem. O gancho poderia ir de um a seis jogos.

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Anderson Daronco expulsou Abel aos 38 minutos do segundo tempo na vitória do Verdão por 1 a 0 no Allianz Parque, após recomendação do VAR. O motivo foi um gesto obsceno do treinador à beira do campo.

Durante a análise do caso, o procurador André Medeiros citou que Abel tem casos reiterados de indisciplina. Ao fazer a denúncia, pediu que a pena não fosse menor do que três partidas.

Mas Gabriel Fonseca, relator do caso, recomendou a punição por duas partidas, a serem cumpridas no Campeonato Brasileiro. Os auditores Caio Barros e Gustavo Vaughn divergiram e votaram por apenas uma partida.

A auditora Juliana Camões havia falado em seguir um jogo, mas após o voto de Salvio Dino Júnior, presidente da Comissão, que pediu três jogos de gancho, subiu para duas.

Começou, então, um debate para se encontrar a melhor solução para a pena ter aplicação para a sociedade com efeitos pedagógicos, também, pelo gesto obsceno. Sem um acordo, por fim Salvio Dino fechou com dois jogos de pena, formando maioria para esta pena.

Na época, o comandante do Palmeiras justificou que o ato não foi diretamente à equipe de arbitragem.

– Já tive a oportunidade de mostrar as nossas imagens, que o Palmeiras tem vista de cima. Há uma falta do meu lado direito, e as imagens são claras, que não concordo. E como foi uma arbitragem sobretudo na segunda parte em que parou muito. E é preciso coragem para arbitrar um jogo deste nível. E quando acontece a falta, viro na direção da minha comissão técnica e faço o gesto, de que o árbitro não teve coragem. Não teve coragem – afirmou Abel ao “Canal do André Hernan”.

– Estou falando com a minha comissão técnica, através da minha voz e gesto corporal. O árbitro não tem coragem, aqui vocês dizem outra coisa, mas eu disse que não tem coragem. Não vou negar o gesto, fiz o gesto, mas em momento algum a intenção de ofender alguém. Era preciso coragem para apitar. Já pedi desculpa aos jogadores e vou fazer à minha mãe, às minhas filhas e minha esposa. Não ofendi ninguém, em momento nenhum – acrescentou.
(Fonte:G1)