Correio de Carajás

Réu por feminicídio é condenado a 21 anos de prisão em Marabá

Francisco Raionny foi condenado a 21 anos e 9 meses por feminicídio Foto: Diego Costa (TV Correio/SBT)

Há dois anos e cinco meses, a comunidade do Bairro Nossa Senhora Aparecida, conhecido como Coca-Cola, presenciou um caso de feminicídio. Finalmente, o acusado, Francisco Raionny Santos e Silva, sentou no banco dos réus na manhã desta quinta-feira, 5. Ele foi julgado e condenado a 21 anos e nove meses por matar a ex-companheira Julcimara Regina Silva Lopes, com quem tinha três filhos.

Julcimara Regina Silva Lopes foi brutalmente morta a golpes de faca

O julgamento ocorreu no Tribunal do Júri do Fórum Juiz José Elias Monteiro Lopes. Francisco Raionny foi condenado por feminicídio. O júri, composto por cinco mulheres e dois homens, entendeu que o réu é culpado pelo crime.

A acusação foi conduzida pelo Ministério Público do Pará, através da promotora de justiça Cristine Magella Corrêa Lima. O júri foi presidido pela juíza Alessandra Rocha da Silva Souza, com a defesa feita pelos advogados Diego Freires, Odilon Vieira e Wesley Menez, que usaram a tese de negativa de autoria. No entanto, o corpo de jurados não acatou a tese.

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Em nota, a defesa do réu disse que respeita resultados judiciais. Todavia, os advogados entendem que os vários antecedentes criminais do réu pesaram no resultado que o levou à condenação. Por estra razão e também pelo resultado ter sido apertado, a defesa informa que já recorreu da sentença. “Acreditamos que o júri será refeito”, afirmam os advogados.

RELEMBRE O CASO

O crime ocorreu no dia 16 de abril de 2022, no Bairro Nossa Senhora Aparecida (Coca-Cola), na periferia do Núcleo Nova Marabá. Francisco matou a vítima com golpes de faca, na frente dos próprios filhos.

Na época, o caso repercutiu em toda a cidade e gerou revolta na população. Francisco Raionny foi preso em 26 de março de 2023, no município de Tucuruí, pouco mais de um ano após o ocorrido.

Segundo a polícia, Francisco já respondia a um processo por violência doméstica desde 2017. Em setembro de 2021, e dias antes do crime, a vítima registrou dois boletins de ocorrência relatando ameaças e violência doméstica.

(Milla Andrade e Chagas Filho)