Correio de Carajás

Marabaenses conquistam 23 medalhas e dois troféus no Paraense de Natação

Geovana Silva trouxe 12 medalhas e um troféu, enquanto Noan Lemos conquistou 11 medalhas e um troféu, também

No Campeonato Paraense de Natação 2024, que aconteceu no último final de semana (30,31 e 1º), em Belém, dois jovens peixinhos de Marabá nadaram de braçada e voltaram para casa com o pescoço até pesado de medalhas. Geovana Silva, de 15 anos, e Noan Lemos, de 14, mostraram que, quando o assunto é natação, estão sempre na raia certa, prontos para dar uma braçada rumo ao topo do pódio, representando Marabá, mesmo sem apoio.

Geovana, que parece ter nascido com guelras, mergulhou em 12 provas e voltou à superfície com nada menos que 12 medalhas. Se fosse um cardume de ouros, ela estaria nadando com folga! A jovem campeã competiu em provas que vão do medley aos 200 metros costas, e, nas palavras dela, “nada” a parou.

SEREIA DE MARABÁ

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“Nadei 12 provas, contando com revezamento. Foram quatro revezamentos e oito provas individuais. Das oito individuais, eu consegui os oito ouros,” conta a atleta, como se fosse simples abocanhar tantas medalhas. A cada prova, Geovana demonstrou que o treino não é água com açúcar, e a piscina, seu reino, qualquer adversário parece virar um mero peixe fora d’água.

Agora, a sereia de Marabá já tem um novo alvo: o Campeonato Norte-Nordeste e os Jogos da Juventude. “Vou dar o máximo nessa competição também para conseguir bons resultados,” disse, com a mesma confiança de quem já sabe que o mar está para peixe, no caso, para ela.

O TUBARÃO DOS 55 SEGUNDOS

Noan Lemos, por sua vez, mostrou que, quando ele entra na água, os cronômetros tremem. Com 11 provas disputadas, ele levou para casa 10 medalhas de ouro e uma de prata, mas é nos 50 metros livre que ele faz realmente a piscina estremecer.

“Nos 50 metros livre, consegui nadar para 55 segundos, e nos 100 metros borboleta, consegui fazer um índice para nadar mais uma prova no Campeonato Brasileiro,” diz Noan, como quem surfa na crista da onda. O garoto-tubarão de Marabá mostrou que, na piscina, ele é quem manda, e quem ousar desafiar sua velocidade, vai acabar tomando uma bela cauda.

Agora, com o Campeonato Brasileiro no horizonte, Noan já está afiando as nadadeiras. “Vou focar nas quatro provas que são as que eu tenho índices,” explica ele, preparado para dar o bote em qualquer adversário que cruze sua raia.

PATROCÍNIO

Apesar da diversão nas palavras que configuram os prodígios marabaenses, quando o assunto é patrocínio, não há como não falar sério. Os atletas enfrentam falta de apoio financeiro e logístico para continuar competindo em alto nível. Apesar das conquistas e do potencial promissor, a realidade financeira pesa sobre as famílias, que muitas vezes precisam arcar com os custos das competições e dos treinamentos.

Segundo os responsáveis pelos atletas, a Secretaria Municipal de Esporte e Lazer (SEMEL) oferece suporte limitado, com auxílio para apenas três competições por ano. “A gente precisa de apoio, né? Porque daqui a pouco estamos fazendo muito e a Secretaria só dá três [ajudas] por ano,” diz Oliveira, pai de Noan, ressaltando a dificuldade de manter o ritmo em competições de alto rendimento.

APOIO

O custo para participar de campeonatos fora da cidade e até do estado é alto, e os pais dos jovens atletas se veem obrigados a “se virar” para cobrir as despesas. “Como ficamos, os pais, né? Então, você não vai passar competição. E aí tem que se virar mais quem ajuda,” compartilha.

O apelo dos pais e dos atletas é por maior envolvimento tanto do setor público quanto do privado. Eles acreditam que o apoio empresarial poderia ser uma solução para garantir a continuidade das competições e melhorar o desempenho dos jovens, que estão representando Marabá em diversas competições. “Se a gente tivesse uma parte empresarial que pudesse patrocinar diretamente, até a parte da gestão da cidade, seria muito melhor,” finaliza Oliveira.

(Thays Araujo)