Correio de Carajás

Marabá fica na rabeira em Ranking de Competitividade dos Municípios

Entre as 410 cidades avaliadas, a Terra de Francisco Coelho figura na posição 364, apenas a 9ª do Pará

Cidade de Marabá ocupa lugar entre os últimos no Ranking de Competitividade dos Municípios

Um estudo realizado pelo Centro de Liderança Pública, que está na quinta edição, classifica as cidades em 65 indicadores, em três áreas temáticas: instituições, sociedade e economia.

A cidade de Florianópolis permaneceu na liderança da edição deste ano do ranking de competitividade dos municípios em 2024. Na sequência, aparecem São Paulo (SP), Vitória (ES), Porto Alegre (RS) e Barueri (SP). No ano passado, a capital de Santa Catarina havia aparecido pela primeira vez no topo.

A quinta edição do ranking de competitividade dos municípios foi realizada pelo Centro de Liderança Pública (CLP) — em parceria com a Gove e a Seall — e será divulgada nesta quarta-feira, 21, em Brasília. O ranking considera municípios com mais de 80 mil habitantes. Ao todo, foram avaliadas 404 cidades — que, juntas, correspondem a 60% da população brasileira.

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No Pará, Belém ocupa o 264º, lugar, seguida por Parauapebas (269º), Barcarena (285º), Paragominas (309º), Santarém (336º), Ananindeua (337º), Tucuruí (355º), Redenção (360º), Marabá (364º) e Marituba (375º). Parauapebas, que em 2023 estava na 229ª posição, caiu para a 269ª. Marabá se manteve na mesma.

“Manter uma posição não significa estabilização. Significa que o município teve uma melhora e que os 403 que estão atrás não conseguiram ultrapassar”, afirma Tadeu Barros, diretor-presidente do CLP. “Vitória chegou ao pódio. E subir algumas posições, dentro do top 10, é algo muito difícil.”

Em 2023, as cinco melhores cidades foram Florianópolis (SC), São Paulo (SP), Barueri (SP), Porto Alegre (RS) e São Caetano do Sul (SP). Vitória (ES) ocupou o oitavo lugar.

Da edição do ano passado para a de 2024, a cidade que mais ganhou posições foi Rio das Ostras (RJ), que subiu da 375ª para a 217ª posição. E Varginha (MG) foi a que mais perdeu posições — caiu da 59ª para a 228ª colocação. As últimas posições do levantamento foram ocupadas por Cametá (PA), Belford Roxo (RJ), Itaituba (PA), Breves (PA) e Moju (PA).

O ranking de competitividade classificou os municípios em 65 indicadores em 13 pilares e três áreas temáticas: instituições, sociedade e economia. “Uma cidade competitiva traz qualidade de vida e bem-estar social para a população”, afirma Barros.

Os indicadores analisados pelo levantamento do CLP têm atualização anual e são sempre finalísticos. “O ranking é uma plataforma que olha para todo o espectro de políticas públicas”, diz Barros.

Marcas da desigualdade

O estudo do CLP reforça as desigualdades que existem no País. A lista das cidades mais competitivas do Brasil só inclui municípios das regiões Sul e Sudeste. Na 53ª colocação, Recife é a cidade do Nordeste mais bem colocada.

Num recorte mais amplo, das 100 primeiras cidades, 96 estão no Sul e Sudeste. Além do Recife, furam essa lista a capital do Tocantins, Palmas (na 65ª colocação), Campo Grande (86ª) e Fortaleza (96ª).

Desde o início do levantamento, o maior crescimento no ranking foi de Macaé. A cidade saltou 205 posições entre 2020 e 2024. Na edição de 2024, ocupou a 59ª posição. Outro destaque é São Sebastião, no litoral de São Paulo. O município avançou 122 posições e chegou ao décimo lugar.

“A primeira coisa é ter um equilíbrio do ponto de vista fiscal e um equacionamento do ponto de vista de funcionamento da máquina pública. A cidade que está nesse caminho consegue ter uma organização para melhor entregar políticas finalistas de saúde e educação, por exemplo. É um bom caminho a ser seguido”, afirma o diretor-presidente do CLP.

O objetivo do levantamento é demonstrar como a competição no setor público é um elemento fundamental para promover maior justiça, equidade e desenvolvimento econômico e social nos municípios de modo a garantir serviços públicos de mais qualidade à população, segundo o CLP.

“Esse trabalho se torna ainda mais importante em ano eleitoral. O ranking é uma ferramenta primordial para nortear as gestões dos novos prefeitos nos quatro cantos do País”, diz Tadeu Barros.

(Fonte: Estadão com Redação do Correio de Carajás)