Nos primeiros seis meses do ano, Marabá registrou 35 mortes no trânsito. Os dados revelam uma redução de 12,5% em comparação com os números do mesmo período em 2023, quando o município atingiu 40 vítimas fatais. As informações são do portal da transparência da Secretaria de Segurança Pública do Estado.
A base de dados assinala que, em 2024, colisões entre veículos são a principal causa dos sinistros, marcando 13 ocorrências. Também denominadas como “homicídio”, elas representam uma categoria de crime que ocorre quando um condutor é responsável pela morte de outra pessoa, seja por negligência, imprudência, violação das regras de trânsito, entre outras.
E são as motocicletas os veículos que figuram entre os que mais se envolveram nos acidentes. Consideradas por muitos como um meio de transporte perigoso, as motos costumam ser escolhidas por proporcionarem liberdade e praticidade aos condutores.
Leia mais:No trânsito caótico de Marabá, elas costumam costurar carros, caminhões e ônibus nos horários de “rush”. E não é incomum presenciar motociclistas furando o sinal vermelho, especialmente no semáforo da Folha 33.
Entre janeiro e junho deste ano, 13 pessoas morreram envolvidas em acidentes com motocicletas. Outras dez foram vitimadas por veículos leves e oito pelos pesados.
Além disso, das 35 mortes, 12 aconteceram no período noturno e dez foram aos domingos. Seguido por oito casos no sábado e também na madrugada. O dado não surpreende, uma vez que é no final de semana que o marabaense aproveita seus momentos de lazer, ingerindo bebidas alcoólicas e curtindo até de madrugada.
MARABÁ É QUEM MAIS EMPLACA VEÍCULOS
Transitar pelas vias de Marabá no horário de almoço ou fim de expediente, durante os dias da semana, é sempre um desafio. A grande quantidade de veículos que vêm e vão pelas ruas resultam em engarrafamentos e estresse nos motoristas.
Só nos cinco primeiros meses de 2024, 4.115 novos veículos foram emplacados no município. Esta é a primeira vez em uma década que Marabá assume a dianteira, deixando Parauapebas para trás, com 3.815. As informações foram levantadas pelo Blog do Zé Dudu.
Em 151 dias, a média mensal marabaense foi de 823 veículos emplacados. Já a densidade (quantidade de moradores a cada 100 veículos) foi de 27.
Conforme analisado por aquele blog, um dos motivos do aumento na frota é o aquecimento do mercado de trabalho deste município, ocasionado principalmente pelas obras da segunda ponte rodoferroviária sobre o Rio Tocantins.
Em um ano, a renda do marabaense foi de R$ 2.652 para R$ 3.225. Com o aumento do poder de compra, os moradores buscam adquirir seu primeiro veículo, ou trocar o antigo pelo novo. Fato que, de alguma maneira, reforça a lenda urbana de que em Marabá não existe carro “velho” circulando pelas ruas.
(Luciana Araújo)